Kleber em Dublin

Oi galera! Eu sou o Kleber, formado em Engenharia da Computação e terminando o curso de Engenharia Elétrica. Recentemente, tenho estudado inglês para me qualificar mais e estou com um projeto de realizar um intercâmbio em Dublin. E é nessa hora que vocês podem realizar esse sonho junto comigo. Continue lendo a descrição para conhecer esse sonho um pouco melhor.

Bom, um sonho ou uma vida não cabem nessa descrição, mas vou tentar resumir um pouco para que entendam

Em 2014, o trabalho e a faculdade foram interrompidos por dois anos para eu poder me dedicar ao meu pai, que sofreu dois AVCs. Nesse período, refleti sobre a vida, valores pessoais, propósitos individuais e coletivos e isso me trouxe uma nova perspectiva e visão de mundo, além de uma mudança de postura diferente diante das situações cotidianas da vida.

Em 2016, recomeçei minha trajetória, redirecionando o foco para as soluções e não nos problemas, colocando no campo da ação todas as reflexões, desejos e sonhos. As vitórias cotidianas passaram a trazer cada vez mais a perspectiva de sucesso. Com rotina de trabalho e estudo, além da busca por qualificações extra acadêmicas, o título de engenheiro de computação já não era suficiente; me ingressei e estou próximo de graduar também em engenharia elétrica.

Sinto que nada pode colocar um freio nesse processo de crescimento, agora almejo levantar recursos para realizar um intercâmbio, ter contato com outras culturas, aperfeiçoar o inglês e se preparar para uma especialização ou mestrado, além de lançar uma carreira internacional como engenheiro.

Para isso, conto com sua ajuda para conseguir realizar este sonho. Serão necessários mais de 25.000 reais para custear o curso propriamente dito, passagens, seguro saúde e comprovação de 3.000 euros para INIS (Serviço de Imigração Iralndês).

Um pouco mais...

Estou realizando palestras gratuitas para jovens do ensino médio de escolas públicas, para divulgar a vaquinha e contar sobre a trajetória de um aluno de escola pública que se formou em Engenharia de Computação na Universidade Federal de Goiás (UFG) e está finalizando o curso de Engenharia Elétrica também pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Como foi sair do interior do estado, sem apoio familiar, sem auxílio financeiro, dormir num colchão no chão, encontrar emprego, estudar para entrar na UFG, enfrentar vários desafios cotidianos. Como foi aprender a superar adversidades com otimismo e resiliência enquanto desenvolvendo habilidades de protagonismo como organização, disciplina, gestão de tempo, planejamento. 

Nasci em Goiânia - GO, fui criado no interior em Rio Verde - GO. Em 2008, eu retornei a Goiânia com uma mala e um colchonete enrolado entre as alças da mala e um desejo de mudar de vida, não queria mais estar na cidade onde morava, principalmente levando a vida que tinha lá. Cheguei desacreditado por muitos, na minha família mesmo ouvi “não dou 3 meses e tá aqui de volta”. Tive que ouvir calado e mostrar pra mim mesmo que eles estavam errados, tive que aprender.

Aprendi, que não colocar um papelão embaixo do colchonete fazia eu ficar sempre resfriado. É, eu dormia no chão, só a mala e o colchonete, nada de geladeira, fogão ou qualquer outra coisa. Aprendi a escolher qual era o dia que lancharia e andaria a pé, e qual dia pegaria ônibus e ficaria com fome.

Trabalhava de segunda a sábado, consegui pagar um cursinho com o que ganhava, além do aluguel e outras despesas.
No cursinho eu me dediquei mas, nunca conseguia pagar a mensalidade em dia, e sempre era chamado na secretaria pra esclarecer quando daria pra pagar. Todo mês tinha aquela situação, onde o coordenador do cursinho chegava com uma lista de nomes e chamava um a um que estava devendo, todo mês meu nome tava lá.

Tinha aulas a noite, aos sábados a tarde e aos domingos. Eu me lembro que no último domingo de aula, eu não tinha dinheiro pra comer ou pegar ônibus, tinha apenas a quantia para pegar o ônibus na segunda de manhã para ir ao trabalho. Então, eu andei de Campinas até o centro e depois fui pra Rodoviária onde aconteceria o último simulado antes do vestibular. Nesse dia, eu acho que foi o pior deles, eu lembro que eu cheguei em casa bem fraco de fome mas, muito orgulhoso de mim por ter feito as atividades do cursinho.

Passei no vestibular na Universidade Federal de Goiás (UFG). E aí veio aquela história que quase todos passam na engenharia, reprovações e pressão e tal. Aqui aprendi que não dá pra estudar com a luz cortada ou com o cara do aluguel cobrando o tempo todo. Superei e consegui.