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“Vozes barradas: os refugiados de Idomeni”
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“Vozes barradas: os refugiados de Idomeni”

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Mais do que a União Europeia, enquanto entidade política, a crise dos refugiados atinge milhares de vidas humanas, de pessoas que se arriscam, deixam casa e familiares para trás em busca de um direito universal, mas que a eles parece um sonho: preservar sua dignidade. Segundo a Convenção Relativa ao Estatuto dos Refugiados, da ONU, “será reconhecido como refugiado todo indivíduo que: I - devido a fundados temores de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas encontre-se fora de seu país de nacionalidade e não possa ou não queira acolher-se à proteção de tal país; II - não tendo nacionalidade e estando fora do país onde antes teve sua residência habitual, não possa ou não queira regressar a ele, em função das circunstâncias descritas no inciso anterior; III - devido a grave e generalizada violação de direitos humanos, é obrigado a deixar seu país de nacionalidade para buscar refúgio em outro país”.Refugiados não têm cor, idade, local de origem definido: podem ser da Síria, do Iraque, do Mali, do Afeganistão; poderiam ser brasileiros. A Europa, pra muitos destes seres humanos, representa a tão sonhada liberdade de existência, a sensação de segurança. Ao ingressar na Grécia, principal porta de entrada para os países do centro e norte europeu, os protagonistas da crise humanitária fortemente difundida pelos meios de comunicação enfrentam uma série de dificuldades resultantes de uma política nefasta e baseada no conceito de soberania nacional. Um exemplo é o fechamento das fronteiras de países que funcionam como importante rota de trânsito para os Estados aos quais os deslocados querem chegar.Uma das principais e mais desumanas barreiras está na fronteira da Grécia com a Macedônia. Em 28 de novembro de 2015, o exército da FYROM (sigla de como o país é chamadou em inglês, "Former Yugoslav Republic of Macedonia") começou a erguer uma cerca de arame farpado num ponto por onde os migrantes atravessam em direção à Europa Ocidental. Esta barreira, construído com postes de metal e arame farpado, foi totalmente fechada no dia 9 de março deste ano, interrompendo totalmente a passagem dos imigrantes. As autoridades declaram que apenas seguiram o que países vizinhos como a Eslováquia e a Sérvia fizeram, e finalizaram um comunicado oficial dizendo que o "fluxo irregular de migrantes pela rota dos Bálcãs ocidentais chegou agora ao fim". Se de um lado do muro estão policiais fardados e com armas carregadas de balas, do outro, ao menos 11 mil pessoas estão retidas na área fronteiriça, em condições precárias, próximas ao vilarejo grego de Idomeni. Com intervenção de agentes como a ONU e instituições de caráter humanitário, como a Cruz Vermelha e o Médicos sem Fronteiras, foram construídos galpões de lona que funcionam como posto de atendimento médico e alojamentos para abrigar os deslocados. Entretanto, essas estruturas são capazes de acolher apenas 1500 indivíduos, muito menos do que população que formou um campo de refugiados no local.As imagens exibidas sobretudo na mídia internacional sobre a pequena vila mostram pessoas vivendo em condições desumanas: sem a possibilidade de atravessar a fronteira, dormem em barracas de plásticos, enfrentam longas filas para pegar um prato de comida solidariamente servidos por voluntários ou então compram alimentos de cidadãos gregos nas cidades próximas. Apesar das adversidades, não perderam a esperança de conseguir continuar a jornada. Alguns desafiam os guardas do outro lado do muro, carregando cartazes que trazem as inscrições “Abram as portas”, “Somos humanos, não animais”, “Não nos odeiem”. Gritam o mais alto que conseguem, mas ainda assim não são escutados. Eles tiveram suas Vozes barradas.A voz é a essência do jornalismo. Seja ela do repórter em frente a uma câmera gravadora ou da fonte que desvela suas opiniões, ideias e narrativas. Idomeni carrega muitas trajetórias distintas, mas que se cruzaram e empacaram na barreira levantada pelo governo macedônio. Na condição de estudante de jornalismo, acredito que é um dever social da profissão narrar a diferentes comunidades, sejam elas locais, nacionais ou internacionais, a história de vida desses refugiados e mostrar ao maior número possível de pessoas a realidade por trás dos números oficiais da ONU e das organizações não-governamentais, que são umas das poucas fontes seguras para se obter informações sobre o local.E, para isso, nada melhor do que ouvir aqueles que foram impedidos de continuar a busca por dignidade. Deixar que os refugiados contem suas histórias, afinal, eles são notícia, mas pouco se escuta de fato, suas vozes. Na imprensa brasileira, muito do conteúdo produzido na editoria internacional é escrito com base em agências de notícias. Elas são de extrema importância para o repórter que trabalha na redação, sem um contato direto com os acontecimentos no exterior.Com a atual crise no modelo de gestão de jornalismo, essas empresas representam viabilidade econômica ao noticiário mundial, tendo em vista que o mesmo conteúdo é distribuído a diferentes periódicos assinantes do serviço. Dessa maneira, o preço da notícia sai mais barato que um texto produzido por um correspondente ou enviado especial. Entretanto, a informação é muitas vezes burocrática e deixa de lado aspectos humanistas - há teóricos que defendem que o jornalismo deve ser imparcial, mas creio que ele é sempre uma defesa de causa, intencional, consciente de si e do seu objetivo. Deve trabalhar sempre ao lado das pessoas. A partir dessas colocações, surge a proposta de “Vozes barradas: os refugiados de Idomeni”, um projeto constituído por um livro-reportagem e um mini-documentário sobre os refugiados que vivem acampados na fronteira da Grécia com a Macedônia. O objetivo é ficar abarracado junto a eles por três semanas para imergir, mesmo esteja condicionado àquela realidade de fato, e contar a história não dos migrantes que estão acampados no pequeno vilarejo.Essa viagem acontecerá na segunda metade de junho e durará até a metade de julho. O financiamento coletivo é umas das principais formas que tem possibilitado novas iniciativas jornalísticas, então espero contar com a ajuda de todos. O dinheiro arrecadado ajudará a cobrir os custos de transporte (até Atenas, Evzoni, e por fim Idomeni), alimentação, seguro e um fixer na cidade.Quem sou eu: Meu nome é Eric Machado Raupp, tenho 20 anos e sou estudante de jornalismo em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Sou apaixonado por jornalismo, pelas pessoas e por política internacional. Desde criança, ao ser perguntado o que queria ser quando crescesse, eu dizia sem hesitar “repórter. A temática das migrações sempre me fascinou porque não acredito em barreiras territoriais - o mundo pertence a todos, somos todos passageiros por aqui! Em 2014, comecei a acompanhar a intensificação do fluxo de refugiados para a Europa com muito mais facilidade pela mídia brasileira, mas foi no ano passado que o assunto entrou de fato em minha vida. Numa disciplina da faculdade, eu e um grupo de colegas produzimos uma reportagem especial sobre imigração e refúgio em Porto Alegre. Foram três meses de entrevistas com migrantes, especialistas, jornalistas, ativistas dos Direitos Humanos, membros de organizações não-governamentais e ACNUR, pesquisa documental e análise de tráficos. Depois, mais um mês de edição para chegar num trabalho do qual tenho muito orgulho, o “As Faces da Migração”.Recompensas: Qualquer quantia está valendo, e quanto mais você colabora, mais vou tentar recompensar.Para R$10 ou maisMuito obrigado pela tua contribuição, ela é super importante para o projeto. Como recompensado, tu terás teu nome nos agradecimentos dos créditos do doc.Para R$15 ou maisObrigado pelo apoio! Tu também fazes parte do projeto, portanto, que tal acompanhar o andamento dele? Tu vais receber ao longo de 2016, atualizações sobre o projeto, além de agradecimento nos créditos do vídeo.Para R$25 ou maisSuper agradeço o apoio! Além de agradecimento nos créditos do vídeo, vou mandar duas fotos 10x15 de tua escolha, que serão tiradas no local. Vais receber também, uma cópia em PDF do livro.Para R$50 ou maisMuito obrigado! Ao ajudar o projeto, tu também ajudas a contar a história daquelas pessoas que foram barradas pela barreiras e não puderam conseguir. Então teu nome estará nos agradecimentos dos dois produtos e ainda vais receber uma versão física do livro, assinada!Para R$100 ou maisWow. Wow. Obrigado por acreditar no jornalismo e na causa dos Refugiados. Além das recompensas da opção anterior, que tal três fotos 10x15 e debatermos a crise dos Refugiados por Hangout coletivo? Podemos ficar um dia inteiro conversando sobre o assunto!Para R$500 ou maisTua doação é muito importante para mim e para o jornalismo de profundidade. Muito obrigado. Além dos agradecimentos no vídeo e no livro, vais receber cinco fotos emolduradas em tamanho 10x15 e uma versão assinada do livro!

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