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DA HISTÓRIA DA MARIA CÉLIA
Quando Maria terminou a 4ª série não havia mais professores em Abílio Martins para dar aula. Continuar os estudos, só em Ipueiras. O que não seria um empecilho, afinal Maria Célia percorreu a pé todos os dias por seis meses os 16 quilômetros que separam as duas cidades. “O problema é que meu pai só permitiu que eu estudasse até a 5ª série, para tirar o certificado. Os professores diziam para ele: ‘Aproveita a inteligência dessa menina’, mas ele dizia que já estava mais do que bom, que eu já sabia demais para uma mulher”, conta a agora pedagoga.
Privada de prosseguir nos estudos, Maria Célia sofria outros tipos de violência em casa. A violência física vinha materializada na cinta de coro de boi, nas mãos da mãe. Para os machucados não inflamarem, a agressão era seguida de um banho em água com sal. A violência psicológica, nas humilhações diárias.
Maria Célia não voltaria a estudar no Ceará, mas o que aprendeu logo passou adiante: “Com 16 anos eu fui dar aula na 4ª série. Peguei o planejamento de uma professora formada na cidade e dei aula para uma turma. Eu acredito hoje que dei conta muito mais pela afetividade do que pela experiência. Quando fiz 18 anos assinei minha carteira como professora primária pela prefeitura, de 1977 a 1987. Dava aula para a 4ª série de manhã, turma particular, para a 2ª série à tarde pela prefeitura, e de noite pelo Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral)”.
O tempo passou, Maria Célia casou, teve quatro filhos, se separou. Com 26 anos deixou a terra natal. Chegou em Niterói, no Morro do Palácio, com suas duas meninas (Edna e Edlene) e seus dois meninos (Edvan e Denilson), em 1984. Só sabia dar aula, mas na cidade grande, sem um diploma, isso não era possível. Para sustentar a família, lavava roupa para fora, trabalhava como doméstica. Estudando por meio de apostilas, tentou retomar o sonho que a menina de 8 anos nutria. Mas ainda faltava o certificado do curso Normal. A chance de consegui-lo veio tempos depois, ao matricular um dos netos no Instituto de Educação Professor Ismael Coutinho (Iepic). “A pessoa que me atendeu disse que eu tinha letra de professora. Pois então eu falei para ela que eu era professora, mas não tinha o diploma. Contei minha história. Depois de me ouvir, ela disse que eu podia conseguir pelo Iepic. Eu voltei correndo para casa, para buscar os documentos e fazer a minha matrícula. Parecia que se demorasse um minuto a mais eu ia perder tudo”, recorda. Não perdeu. Aos 50 anos vestiu um uniforme e voltou para a sala de aula, como aluna.
Tempos depois, Angelina Accetta, professora do Iepic e também do Unilasalle, abriu as portas do Centro Universitário La Salle para Maria Célia, que concluiu a pós-graduação em Psicopedagogia, depois que terminou a licenciatura..
“Eu estou vivendo a minha infância hoje. Hoje, com 63 anos, estou vivendo a minha infância”. A frase é dita por Maria Célia quando ela apresenta o projeto Brincando de aprender. No espaço da sala de casa, em 3 metros quadrados, ela recebe todos os sábados, das 13h às 16h, crianças do Morro do Palácio, as coloca sentadas em roda no chão e fomenta o amor delas pela leitura.
Com o valor arrecadado produziremos os exemplares impressos do livro infantil "A menina coração" de autoria da Maria Célia.
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