Povo Kambiwá - Acampamento Terra Livre (ATL)
A plataforma mais premiada do Brasil
O Acampamento Terra Livre (ATL) é a maior mobilização indígena do Brasil, que acontece anualmente na capital federal (Brasília). Em 2024, o ATL reuniu cerca de 9.000 indígenas e mais de 200 povos na capital federal.
Este ano, 2025, o ATL acontecerá entre os dias 7 e 11 de abril e tem como tema “APIB somos todos nós: Em defesa da Constituição e da vida”.
Este tema reforça o empenho dos mais de 300 povos indígenas brasileiros em garantir os seus direitos previstos na Constituição Federal Brasileira, celebra a união e a resistência do movimento indígena representado pela APIB (Articulação dos Povos Indígenas Brasileiros), que completa 20 anos de luta e conquistas, e discute a campanha "A Resposta Somos Nós" (arespostasomosnos.org), sobre o reconhecimento da autoridade climática dos povos indígenas e de seus territórios na proteção da vida no planeta.
A participação dos povos indígenas no ATL ocorre por meio da mobilização autônoma de cada povo, que precisa articular recursos próprios para viabilizar sua presença no evento. Diferente de outras conferências institucionais, o ATL é um espaço de resistência organizado pelos próprios povos indígenas, sem financiamento governamental direto, o que exige grande esforço de cada comunidade para cobrir despesas com transporte, alimentação e logística.
Os indígenas se organizam por meio de arrecadações, parcerias e doações, buscando apoio de aliados, organizações da sociedade civil e redes de solidariedade. Esse esforço reflete a determinação dos povos originários em ocupar Brasília e pressionar por seus direitos, tornando o ATL um dos mais importantes espaços de incidência política indígena no Brasil.
Essa campanha tem como finalidade financiar a ida de representantes do Povo Kambiwá ao ATL para somar suas vozes às demais nações indígenas. A presença do Povo Kambiwá reforça a urgência da mobilização coletiva e reafirma que a resposta para a defesa da vida, da terra e dos direitos indígenas vem da união, da resistência e do protagonismo dos próprios povos originários.A representatividade do Povo Kambiwá no ATL também é estratégica para a articulação da participação indígena na Conferência das Partes (COP-30), que ocorrerá em novembro em Belém (PA), considerando a vulnerabilidade deste Povo aos efeitos das mudanças climáticas, vivendo no semiárido brasileiro, sertão do Estado de Pernambuco, região Nordeste, bioma da Caatinga, fortemente impactado por períodos de seca (escassez de água).
Ajude o Povo Kambiwá à fortalecer a luta pelos seus direitos! A ajuda ao Povo Kambiwá é ajuda a todas as formas de vida.
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The Acampamento Terra Livre (ATL) is the largest Indigenous mobilization in Brazil, taking place annually in the federal capital, Brasília. In 2024, the ATL gathered around 9,000 Indigenous people from over 200 different peoples in the capital.
This year, in 2025, the ATL will take place from April 7 to 11, with the theme: "APIB we are all of us: In Defense of the Constitution and Life."
This theme reinforces the commitment of Brazil’s more than 300 Indigenous peoples to securing their rights as established in the Brazilian Federal Constitution. It celebrates the unity and resistance of the Indigenous movement represented by APIB (Articulation of Indigenous Peoples of Brazil), which marks 20 years of struggle and achievements. It also highlights the campaign "We Are the Answer" (arespostasomosnos.org), advocating for the recognition of Indigenous peoples’ climate authority and the critical role of their territories in protecting life on the planet.
The participation of Indigenous peoples in the ATL is made possible through their own autonomous mobilization, as each group must organize its own financial resources to attend the event. Unlike other institutional conferences, the ATL is a space of resistance, entirely organized by Indigenous peoples themselves, without direct government funding. This requires a tremendous effort from each community to cover expenses such as transportation, food, and logistics.
Indigenous groups rely on fundraising, partnerships, and donations, seeking support from allies, civil society organizations, and solidarity networks. This effort reflects the determination of Indigenous peoples to occupy Brasília and demand their rights, making the ATL one of the most important spaces for Indigenous political advocacy in Brazil.
This campaign aims to fund the participation of representatives of the Kambiwá People at the ATL, so they can join their voices with other Indigenous nations. The presence of the Kambiwá People highlights the urgency of collective mobilization and reaffirms that the answer to the defense of life, land, and Indigenous rights lies in unity, resistance, and Indigenous leadership.
The representation of the Kambiwá People at the ATL is also strategic for Indigenous participation at the United Nations Climate Change Conference (COP-30), which will take place in November in Belém (PA). Given the climate vulnerability of the Kambiwá People, who live in the semi-arid region of Brazil, in the backlands of Pernambuco (Northeast region), within the Caatinga biome, they are particularly affected by prolonged droughts and water scarcity.
Support the Kambiwá People in their fight for their rights! Supporting the Kambiwá People means supporting all forms of life.
Saiba mais/ Learn more:
https://apiboficial.org/2024/08/09/atl-2025-maior-mobilizacao-indigena-do-brasil-ocorrera-entre-os-dias-7-e-11-de-abril/
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A Terra Indígena Kambiwá está localizada nos municípios de Inajá, Ibimirim e Floresta, no Estado de Pernambuco, Sertão Nordestino, Bioma Semi-Árido. O território de 31 mil hectares é dividido em cerca de 8 aldeias principais, que abrigam aproximadamente 5.000 indígenas.
Os grupos indígenas cujos remanescentes constituem hoje os Kambiwá foram expropriados para a implementação de fazendas de gado, se refugiando nos brejos ou no alto de serras da região. Segundo esses indígenas, o termo Kambiwá significa “retorno à Serra Negra", área de preservação ambiental e espaço sagrado para o Povo Kambiwá, onde tradicionalmente são realizados encontros espirituais, destacando-se as práticas ritualísticas das danças dos Praiá e do Toré.
O território Kambiwá foi demarcado e homologado em 1998, dando segurança ao povo quanto à ocupação do território. Desde então, o principal desafio está relacionado à escassez de água, que coloca em risco, também, a subsistência do povo, dada a dificuldade de manter de forma regular a agricultura.
As aldeias são constituídas pela aglutinação de famílias nucleares, vivendo cada uma em sua habitação, que é, geralmente, uma precária construção de taipa. Todo este contexto torna ainda mais relevante a representação institucional e política do Povo Kambiwá em espaços dedicados à reivindicação de seus direitos, incluindo segurança alimentar, segurança hídrica e justiça climática.
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The Kambiwá Indigenous Land is located in the municipalities of Inajá, Ibimirim, and Floresta, in the state of Pernambuco, in the northeastern Sertão region, within the Semi-Arid Biome. The 31,000-hectare territory is divided into approximately eight main villages, home to around 5,000 Indigenous people.
The Indigenous groups whose remnants now form the Kambiwá people were displaced to make way for cattle ranches, forcing them to seek refuge in wetlands or on the highlands of the region. According to these Indigenous people, the term Kambiwá means "return to Serra Negra," an environmental preservation area and a sacred space for the Kambiwá People, where spiritual gatherings traditionally take place, especially the ritual dances of Praiá and Toré.
The Kambiwá territory was demarcated and officially recognized in 1998, ensuring the people's right to occupy their ancestral land. Since then, their main challenge has been water scarcity, which also threatens their subsistence due to the difficulty of maintaining agriculture on a regular basis.
The villages are composed of clusters of nuclear families, each living in its own dwelling, usually a precarious taipa (wattle and daub) construction. This context makes the institutional and political representation of the Kambiwá People even more crucial in spaces dedicated to advocating for their rights, including food security, water security, and climate justice.
This campaign is being led by Cacique Maria Luciene, a leader in the territory who has historically strengthened her people through institutional representation and the mobilization of projects aimed at improving their living conditions.
Mais informações/ Learn more:
https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Kambiw%C3%A1
O valor arrecadado nesta campanha tem como finalidade exclusiva a viabilização da participação de representantes do Povo Kambiwá no ATL/2025.
O movimento indígena se fortalece na união, razão pela qual tradicionalmente cada povo se articula para enviar o maior número possível de representantes ao ATL.
A intenção do Povo Kambiwá com esta campanha é viabilizar a participação de aproximadamente 55 indígenas Kambiwá no ATL, sendo os custos relacionados a:
- fretamento de um ônibus para a viagem de ida e volta (do território indígena para Brasília), sendo que em um ônibus são estimados 50 passageiros;
- despesas com combustível do ônibus e mais 1 veículo de apoio, que deverá levar mais 5 integrantes do Povo Kambiwá ao ATL; e
- despesas com alimentação dos 55 representantes do Povo Kambiwá durante o período da viagem e período no ATL, estimado, no total, em 10 dias (a viagem de carro/ônibus dura aproximadamente 30 horas).
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The funds raised in this campaign are exclusively intended to enable the participation of representatives of the Kambiwá People in ATL 2025.
The Indigenous movement gains strength through unity, which is why each people traditionally mobilizes to send as many representatives as possible to ATL.
Through this campaign, the Kambiwá People aim to ensure the participation of approximately 55 Kambiwá Indigenous individuals in ATL, with costs related to:
- Chartering a bus for the round trip (from the Indigenous territory to Brasília), with an estimated capacity of 50 passengers;
- Food expenses for the 55 Kambiwá representatives during the trip and their stay at ATL, estimated to last a total of 10 days (the trip by car/bus takes approximately 30 hours).
Há pouco menos de 20 dias do ATL, a comunidade ainda não conseguiu levantar os fundos necessários para viabilizar sua participação com a representatividade desejada, para dar força ao movimento, tornando essa campanha essencial.
Acompanhe mais sobre a comunidade em nosso Instagram: @povo_kambiwa
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This campaign is being led by Cacique Maria Luciene, a leader in the territory who has historically strengthened her people through institutional representation and the mobilization of projects aimed at improving their living conditions.
With less than 20 days until the ATL, the community has yet to raise the necessary funds to ensure their participation with the desired representation, which is crucial to strengthening the movement—making this campaign essential.
Follow more about the community on our Instagram: @povo_kambiwa
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