Rubens Elias da Silva teve contato com o mundo da arte ainda cedo, nas paisagens do mangue da cidade de Bayeux, litoral paraibano. O contato com pintores, ceramistas, oleiros e artesãos fez com que o artista percebesse no detalhe mínimo dos elementos, um modo de expressar uma linguagem, um sentimento.
Seu contato com a linguagem, nos mais diversos aspectos e dimensões da experiência humana, o artista descobriu desde cedo a poesia através da linguagem escrita, motivo pelo qual tem a formação em jornalismo, cujo bacharelado foi concluído na Universidade Federal da Paraíba, campus João Pessoa.
Daí, decidiu ingressar no Mestrado em Sociologia desta mesma instituição de ensino superior, pesquisando pesca artesanal, culturas ribeirinhas e modo de vida comunitária. A influência do jornalismo fez com que o artista experimentasse a arte de fotografar e passou a pesquisar as relações entre fotografia e discurso, expondo seu trabalho artístico em estados como Rio Grande do Sul, Paraíba, Pará e Rio Grande do Norte.
Com doutorado em Sociologia, especializando-se em pesca artesanal marítima e a construção dos múltiplos espaços da pesca através do fio da memória, conclui a tese em 2012. Nesse momento, o artista embarca com riqueza de sonhos e expectativas, para morar na cidade de Santarém, banhada pelos rios Tapajós, Arapiuns e Amazonas, onde desenvolve a atividade de docente do Ensino Superior na Universidade Federal do Oeste do Pará. Imerso no rico espectro de cores, sons, paladares e da experiência táctil, o artista continua a pesquisar pesca, sociedade, culturas e vem formando pesquisadores desde 2012. Essa vivência serviu de proximidade cultural para repensar linguagens e discursos, agora ancorados na linguagem artística.
Após passar um ano de experiência no Canadá, onde realizou sua pesquisa de pós-doutoramento entre indígenas da multicultural Província do Québec, o artista retorna à Santarém, sua célula-aconchego, estimulado para recriar sensações, cores, experiências.
Sua proposta artística aproxima-se da pintura casual, solta e ricamente poética encontradas na arte naïf, onde descreve através de pigmentos o modo de vida sossegado dos morados das colônias e comunidades do oeste paraense. Cultiva admiração pelo impressionismo francês e sua capacidade revolucionária de captar as cores e luzes do momento de criação da obra. Hoje, o artista nos presenteia com um festival de cores, surpresa e emoção.
Os terrenos na comunidade do Pajuçara custam em média 20 mil reais com área de 10x35.
Pretende-se comprar cinco terrenos para poder construir futuramente um galpão (20 de frente e 10 de fundo) para compor: galeria, duas salas de aula, sala de cinema, banheiros, recepção e escritório.
O projeto contará com equipe interdisciplinar, com graduandos em Pedagogia, Antropologia, Informática Educacional, Letras, Música.
Pretende-se construir parcerias com a Universidade Federal do Oeste do Pará e UEPA.