PARTICIPAÇÕES ESPECIAIS
Em todas as canções destaco a performance excepcional de meu parceiro musical Ewerton Fernandes, onde com sua experiência e bom gosto completaram as minhas ideias iniciais a respeito de cada canção. Foram quase dois anos de trabalho com vários updates, mudanças de timbres, ajustes nos grooves e nas frases e ou licks até consolidarmos essa etapa e gravarmos a boa, obrigado parceiro!
Ao longo dessa minha trajetória criei uma “network” no meu círculo de amizades do meio musical muito grande, com isso pude contar com essas pessoas para "engrossar o caldo" nesse meu trabalho autoral onde cito:
Nos baixos: Celso Pixinga, Fernando Molinari, Marcelo Soares e Ximba Uchyama.
Nas guitarras: Dallton Santos, Faíska Borges, Eduardo Ardanuy e Altair Grossi.
Nos metais: Chico Oliveira e Marcelo Martins.
Nos violões: Altair Grossi.
SOBRE AS MÚSICAS
Sobre os estilos propostos para esse trabalho, digo que é difícil condensar em 7 músicas quatro décadas de História. As ideias aconteciam repentinamente e vinham de uma forma muito natural, inclusivo o título. Tentei catalisar nesse projeto as experiências mais relevantes que pude vivenciar nesse período.
Essa música foi a nossa primeira composição e abre o trabalho de fato. Ela conta a História de uma pessoa que atravessa um belo bosque em busca de paz e com a certeza de que sairá do outro lado plena e satisfeita. Fazendo uma analogia rápida, comparo essa canção a vida de uma pessoa na sua passagem aqui na terra, traz momentos de paz, de felicidade e ao mesmo tempo, de temor. Uma bela balada onde me inspirei no groove da canção Papel Machê de João Bosco, e pude contar com a bela participação de Marcelo Soares no baixo, Altair Grossi no violão e protagonizando esse passeio, nas guitarras, meu querido amigo Faíska Borges.
Essa canção teve seu “riff” inicial desenhado em minha cabeça durante minhas caminhadas semanais. Tem elementos de Hard Rock com o progressivo além do bom e velho Rock And Roll onde, de forma impecável, meu querido amigo Dallton Santos deu o seu recado nas guitarras passeando na canção de uma forma incrível. Complementando a cozinha, os graves pesados de Marcelo Soares com direito a um belo improviso durante a composição. O título se confunde com o fato do uso de pedal duplo na composição com o simples ato das minhas caminhadas.
No início dos anos 2000 fui para São Paulo estudar áudio no Conservatório Souza Lima onde, próximo dali, aconteciam todas as quartas as “gigs” na famosa rua 13 de Maio na Bela Vista, bairro também conhecido como Bixiga. Eram encontros fantásticos em vários bares existentes nesse lugar onde pude partilhar alegrias e experiências através de diversas canjas com músicos estupendos. Essa música traz um pouco dessas minhas lembranças, o groove tem uma levada “Pop Rock Fusion” com vários “Licks” e uma característica do uso do pedal duplo em determinados trechos. Tive a honrosa participação de Fernando Molinari no contra baixo “esmerilhando” os slaps e nas guitarras o excepcional Eduardo Ardanuy.
Me emociono quando falo dessa música. Por 11 anos trabalhei com Produtor do renomado e saudoso músico Arthur Maia, tanto aqui no Vale do Paraíba quanto em São Paulo. Conheci a sua família e frequentei a sua casa em Niterói RJ, se estivesse entre nós, estaria facilmente em duas ou três canções desse trabalho, porém infelizmente não deu tempo. Com isso fiz essa bela e justa homenagem ao meu amigo inspirado numa canção de músico Paulo Braga (Grooveland) onde por várias vezes toquei com ele em Workshops e shows. O groove traz uma característica interessante onde o tempo forte da caixa cai no um, para engrossar o caldo desse groove no baixo a participação especial de Ximba Uchyama tocando seu fretless e nas flautas e saxofone um de seus maiores parceiros, Marcelo Martins e como argumento de transição entre as partes o inconfundível acordeom do meu parceiro Ewerton Fernandes. O título traz o nome do seu último estúdio chamado QG “Quartel General” que fica na praia de Piratininga em Niterói, região onde Arthur morou desde sua adolescência.
Existiu em São Paulo entre os anos de 80 e 90, um Bar na rua Frei Caneca carinhosamente apelidado de “Sanja” (Saint Germain) onde era o encontro de fim de noite dos músicos, rolavam altas gigs e canjas nesse lugar. Eu não cheguei a frequentá-lo, mas sei de inúmeras histórias que cercam esse Templo da Música, com isso fiz uma singela homenagem através de um Samba Funk bem “swingado” e com a honrosa participação de dois amigos e frequentadores assíduos do local, Celso Pixinga no contrabaixo e Chico Oliveira nos metais, além de Altair Grossi nos violões. Dale Sanja!
Entre anos 1990 e 2000 toquei numa banda de Pop Rock de minha cidade chamada Índigo Blue. Talvez tenha sido a banda que mais me identifiquei em termos de estilo. Em vários locais onde toquei com a banda muitas vezes a passagem de som era necessária pois a bateria era toda microfonada. Foi exatamente nessas passagens de som que criei esse groove ou riff protagonizado pelo uso de pedal duplo. Por isso o título dessa música traz uma mistura do “Fusion” com uma pitada de “Hard Rock” e o bom e velho “Rock and Roll” com as guitarras mágicas de Dallton Santos e o baixo nervoso de Marcelo Soares, por isso justifica-se a palavra “confusion” (confusão) na levada.
Essa música encerra o trabalho com chave de ouro. Trata-se de um “soul music” com pitadas rock em determinadas partes onde tive o privilégio de ter nas guitarras meu querido amigo Altair Grossi e no contrabaixo o swing e a precisão do meu querido amigo Marcelo Soares. Sobre o título da música, é apenas uma menção ao endereço do meu parceiro Ewerton Fernandes onde criamos e consolidamos todas as músicas simbolizando essa empreitada musical, rua 15 de Novembro número 333.