Esta edição teve a presença do convidado internacional, Joseph Huff-Hannon, um escritor e ativista premiado, que faz parte do grupo de defesa internacional Avaaz.org. E da CEO da Kickante, Candice Pascoal.

Joseph, super ativista do Avaaz, maior site de mobilização do mundo, conta que há mais de mais de 40 milhões de pessoas que participam das causas, sendo 8 milhões no Brasil. Eles lutam pela justiça social, combate a corrupção, direitos humanos, entre outros.

E conceito do Avaaz vai de acordo com o pensamento da Kickante que também possui membros que estão dispostos a investir em projetos, causas, para fazer uma mudança no mundo. Esse pensamento de mudança no mundo foi o que inspirou a Candice Pascoal a fundar a Kickante, em 2013.

Mas, houve uma transição na forma com que as ONGs se portam. Antes, as ONGs apenas recebiam doações. E, hoje, elas precisam ir atrás do doador e pedir doações. Com crowdfunding é possível que ONGs grandes e também pequenas arrecadem doações porque o custo é muito baixo, o risco é zero e não há burocracia. A ONG cria uma campanha através do seu computador. É uma democratização da arrecadação de fundos não só do ponto de vista do doador, mas também das ONGs. Pois, até as ONGs maiores, que possuem uma grande base de dados, também utilizam o crowdfunding para arrecadar doações.

Candice lembrou muito bem sobre a palestra no Laboratório de Financiamento Coletivo – Mobiliza & Kickante, em que Rodrigo Alvarez cita “a ONG não pode depender só de uma fonte, ela precisa ter outras formas de arrecadação”.

Perguntamos para o Joseph, como é o desafio de mobilizar uma base de 40 milhões de pessoas, que muitas vezes é maior do que a população de um país. Ele conta que o Avaaz monta campanhas globais. Há uma equipe que traduz as campanhas para 17 idiomas e todos recebem a mesma campanha (na Rússia, Canadá, Brasil) e também há uma presença forte em campanhas nacionais – por exemplo, no Brasil há uma campanha contra a corrupção. Há a visão global e também locais.

“Nos EUA, anualmente são movimentados 100 bilhões de dólares de pessoas físicas contribuindo para as causas. E no Brasil são movimentados 2 bilhões por ano – o que mostra um potencial de crescimento para o Brasil.” ​​

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Quero criar um crowdfunding

 

Candice lembrou que o brasileiro é um dos povos que mais contribui, pois é um povo solidário. Mas, as ONGs, os ativistas, as causas devem solicitar, devem saber como solicitar. E a Kickante dá todo o suporte, consultoria gratuita aos criadores, pois sabemos que crowdfunding é uma forma nova de arrecadação de fundos no Brasil e queremos que o criador tenha sucesso.

É preciso interagir com a base de membros da sua ONG, saber como interagir. Se elas se tornaram membros, é porque se interessam pela causa que sua ONG defende. E, ao realizar alguma ação, deve prestar contas e mostrar para seus membros o que foi feito com o dinheiro. Fazer com que os membros participem da sua ONG, dos seus projetos, gera um resultado melhor.

Algumas dicas do Joseph para um bom storytelling:

• Como você se importa com a causa, falar do seu coração e atingir o coração das pessoas.
• Ser claro no texto, ir direto ao ponto e também falar com emoção.
• E por que agora? Por que sua ONG precisa desta doação neste momento?

Respondendo a pergunta do participante Jairo que estava com dúvida sobre quanto o tempo deveria focar, quanto de esforço deveria desprender para se dedicar a sua campanha, Candice recomendou o artigo do nosso Baú de Ideias “O que é necessário para você atingir e superar a sua meta“, onde a partir de sua meta, você pode calcular quantos doadores e quanto tempo deverá se dedicar.

Canais que geralmente possuem melhor resultado são o Facebook e E-mail mas, depende muito de cada caso, de cada campanha. A ONG precisa focar em diferentes canais para impactar e levar os usuários para as campanhas. Complementando, Joseph diz que é preciso pedir doações e não ter vergonha de pedir, de solicitar. Muitos contribuidores só doam depois de algumas solicitações, por isso, é preciso ser persistente. Uma boa dica é pensar em como multiplicar a sua base de dados – segundo ela, esse engajamento deve partir de dentro da ONG, de seus colaboradores, e multiplicar para outras pessoas.

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Quero criar um crowdfunding

 

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