Vire a página!

Meu livro estará disponível para a venda pela Amazon, em formato de e-book.  Meu objetivo é incentivar os estudantes do meu projeto, adolescentes de Educação Básica, prioritariamente, da rede pública.

A partir de estudos e intervenções em Teatro do Oprimido, fundei um coletivo, Obá Ori e desenvolvi o primeiro projeto de democratização/ profissionalização da leitura no Brasil.

Democratização porque os estudantes realizaram um curso de formação do leitor, ministrado por escritores como, por exemplo, Ricardo Lísias e professores universitários: Doris Natia, Universidade de São Paulo – USP, Renata Rossat – Universidade Federal do Rio Grande do Sul – URGS, Célia Rocha e Jane Cotrim, Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT.  Profissionalização porque realizamos uma formação de leitores para mediação de leitura, ou seja: facilitadores, contadores de história, leitura dramática e performances. Como atuamos com intersecção de saberes e os estudantes são cursistas do Teatro do Oprimido há desde 2018, e Isa Fauegi, proponente do projeto, atua em Teatro do Oprimido há doze anos e, atualmente Coringa, a partir dos estágios na Academia Mato Grossense de Letras, no Sesc entre outros espaços, direcionamos atividades remuneradas para os cursistas, hoje bolsistas. Realizamos parcerias com instituições como o Sicoob para viabilizar ações de empreendedorismo cultural. Em síntese, desde o curso, os estudantes são pagos para ler e democratizar leitura e o objetivo tão logo é que por meio de editais e ações de contação de histórias e intervenções em leitura, o projeto garanta renda a esses facilitadores, futuros multiplicadores. Um sonho, “criar” uma nova formação/ profissão na área de Leitura, um déficit que o Brasil enfrenta há anos, estamos em 59° lugar no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes – PISA. Mas além de fomentar leitura, o Vire a página! enfrenta outros desafios: interversão sobre intolerância religiosa, cultura africana, escrevivências literárias e acesso ao conhecimento pelo viés do combate às desigualdades sociais. O objetivo geral do nosso trabalho é proporcionar a estudantes de educação básica e pública um percurso formativo em Arte e Cultura, tendo a intersecção de saberes como estratégia de ação. Interseccionar Teatro do Oprimido, leitura e performance como formas de enfrentamento do epistemicídio. Desenvolver autoestima dos estudantes por meio de uma formação inovadora e transdisciplinar.  Formar facilitadores e multiplicadores, conforme a estética do Teatro do Oprimido. Gerar renda, transformando conhecimento, arte e cultura em instrumentos de transformação social, como, por exemplo, bolsas de estudo. O projeto já realizou a primeira edição e formamos oito bolsistas que já estão atuando como facilitadores em instituições como o Sesc.  A ideia, para a próxima edição, é assegurar o sistema de bolsas de estudos, fundamental para a continuidade do nosso projeto e manter a qualidade das aulas/ formações e estágios. Durante o curso, organizado por uma ementa com aulas presenciais e online, contamos com professores de universidades públicas como Universidade de São Paulo –USP e Universidade Federal do Estado de Mato Grosso –UFMT. Além de grandes personalidades, como o escritor Ricardo Lísias. Os estudantes serão certificados pelo UFMT – Departamento de Saúde Mental, pois desenvolvemos um projeto de extensão universitária para atender à referida certificação.  A parceria com o Departamento de Saúde Mental surgiu do primeiro projeto de teatro com os estudantes, Grupo Catarse, iniciado em 2018. Utilizávamos as técnicas do Teatro do Oprimido, como prática integrativa e forma de intervenção em problemas socioemocionais dos estudantes.  A ideia é dar continuidade ao projeto, transformá-lo em um programa que atenda a várias demandas que estabelecem diálogo: Arte, ativismo e movimentos sociais; Educação descolonial; Estudos de saúde (emocional, física, pública, mental, espiritual, etc.); Literatura, linguística e cultura; Memória e ancestralidade; Metodologias de pesquisa para o bem comum (por exemplo, bolsa de estudos engajada na comunidade, pesquisa-ação participativa, ativismo acadêmico, etc.).Transformações em narrativas históricas; Culturas juvenis e  estudos juvenis.