Como sabem, somos uma banda independente com 20 anos de estrada, não temos gravadora e nem patrocínio algum, também nunca recebemos nenhum apoio financeiro da Petrobrás, JBS, Odebrecht , PMDB, PSDB, PT, DEM, prefeitura, igreja ou ONG. Portanto, só nos resta mendigar seu apoio para lançar nosso novo disco "Manual do Guerrilheiro Urbano".
O EP será somente feito em vinil 7 polegadas na cor azul e irá conter 4 faixas. As novas Cabo Judas e Fumaça no Ar, uma versão de Harder They Come, de Jimmy Cliff, com participação da banda Los Fastidios, além da tão merecida regravação do clássico Pisa Na Cabeça Dele. Serão somente 500 cópias do vinil, numeradas à mão. E todos que contribuirem por aqui terão seu nome adicionado aos agradecimentos no encarte do disco.
Quem optar por ajudar no lançamento desse vinil, também terá opção de adquirir uma camiseta exclusiva de “Pisa na Cabeça Dele” com a arte abaixo. Essa camiseta somente poderá ser adquirida por aqui.
Você pode colaborar com os seguintes valores conforme os kicks ao lado com valores que vão de R$ 30 até R$ 80.
Jovens Maldit@s,
20 anos não são 20 dias e nem 20 meses. 20 anos são 7300 dias e 280 meses. Parece óbvio, mas a verdade é que só se pode ter essa noção após viver tal período de tempo dedicado a alguma atividade, ou seja, quem não viveu uma rotina por 20 anos não pode imaginar o que é essa experiência. Em Janeiro último a Juventude Maldita completou 20 anos de atividades ininterruptas. 280 meses de sonhos e suor, 7300 dias de trabalho, amor, ódio, cansaço, alegrias, orgulhos e reflexões sobre o mundo,a sociedade em que estamos inseridos, nossa cultura, sub-cultura (em todos os sentidos...), e sobre nós mesmos. Essa aventura começou em Janeiro de 97 com uma pequena aglomeração de jovens desajustados, que não conseguiam e nem queriam encontrar um lugar nessa sociedade decadente, e preocupados tanto em fazer guerrilha cultural como em fazer música, algo que convém dizer, não mudou muito, apesar de hoje em dia o discurso já ser menos inocente e, de certo modo, a ênfase não estar mais na música enquanto representação de uma cultura (ou sub), mas nas idéias em comum e principalmente nas discordâncias em comum, e se existe algo em que o punk é especialista é em discordar, não é mesmo?
Em 20 anos muita coisa aconteceu, muita gente passou, muitas coisas mudaram, o Punk mudou... Quando começamos não havia internet, quase não haviam shows punks em casas de shows, a maioria era em associações de bairros ou bares de periferia, (com o pior equipamento do universo), alguns poucos em casas de cultura, a divulgação era toda feita por flyers colados nas portas das lojas da galeria do rock ou distribuídos de mão em mão, havia um considerável número de fanzines escrevendo e pensando à respeito da nossa realidade, ainda se gravava de maneira analógica, o Brasil estava sendo privatizado e convulsionava em manifestações que não eram dos coxinhas ou cooptadas pela direita, o movimento Punk de SP e do ABC estava saindo de um vácuo que durou anos devido as brigas intermináveis e lentamente se manifestando, se fazendo presente nas grandes movimentações sociais, se reorganizando, se politizando, e uma nova geração tentava repensar a recriação ou manutenção desse espaço/movimento sem alguns dos grandes erros do passado, o que se mostrou uma tarefa árdua e fadada infelizmente ao fracasso, mas mesmo assim uma batalha que merecia ser travada de qualquer forma, afinal era a nossa vez de tentar, e que nos gerou aprendizados importantes e momentos marcantes que quem viveu jamais esquecerá. Uma época em que ser punk ainda era uma escolha para a vida toda, uma escolha radical por enxergar o mundo de forma diferente do que nos é empurrado goela abaixo dia após dia em um sistema que nos quer não-pensantes, não-atuantes, não-autônomos e explorados até a última gota de sangue.
Era uma época em que surgiram e se consolidaram muitas bandas punks da geração dos anos 90, mas havia pouquíssimo espaço fora do circuito underground. Sem espaço nenhum em revistas, rádios, programas de TV ou similares, e é engraçado pensar que muita coisa mudou,mas isso não mudou nada até hoje, ao menos não para nós... Passaram 7300 dias, 2 turnês na Europa, shows no Peru, Colômbia, muitos lugares do Brasil, 4 discos, participações em diversas coletâneas, clipes, muitos e muitos shows e vivências, mas continuamos sendo ignorados e, por quê não dizer, postos de lado a qualquer oportunidade de divulgarmos nossa música e ideias de uma forma mais ampla. E isso parece ser a prova que após 20 anos ainda somos os mesmos, ainda temos munição e armamento para questionar e incomodar pessoas, padrões, instituições, comportamentos e pensamentos que querem nos impor.
Morrem de medo do "discurso punk", porque a maioria das seletas bandas punks brasileiras que esmolam e conseguem algum espaço nas rádios, programas de TV e na mídia em geral há muito já abrandaram seu discurso, já navegam no limbo entre o que um dia acreditaram e a puxação de saco descarada em busca de um lugar ao Sol no universozinho do pop-rock brazuca. Já não prevalece mais o ideal de criar um espaço alternativo dentro de uma sociedade opressora, já está morta e enterrada a solidariedade que um dia existiu, foram absorvidos e hoje enxergam aos outros como concorrência. Triste, porém verdadeiro.
A Juventude continua na mesma guerra que tem travado há exatos 20 anos, apesar de hoje os inimigos serem ligeiramente diferentes. A Juventude é punk no seu ideal, e se o Punk hoje talvez não possa mais ser enquadrado como movimento, devido à pulverização e absorção que enfrentou ao longo das últimas décadas, ainda pode e deve ser encarado como um grande celeiro de idéias, de posturas, de questionamentos, de percepções distintas frente a um mundo mais e mais mecanizado e autômato, onde cada vez o dinheiro vale mais e as pessoas valem menos.
Mais uma vez o Brasil convulsiona, e mais uma vez a Juventude e o Punk se fazem presentes no front.
Que venham os próximos 20 anos!
R$ 10,00
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Na página pessoal do Rodrigo Simonsen, existe uma postagem de Abril/17 onde ele expõe a capa do livro. Espero realmente que seja um problema bem grave de planejamento.
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Projeto excelente. Em 2018 irá impactar muito mais jovens. Eles precisam de incentivo e pessoas que mostrem o caminho. Todos doadores podem conferir de perto o trabalho realizado. Basta entrar em contato e dizer que gostaria de participar de uma palestra :)
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Deus abençoe pelo seu lindo trabalho, gratidão... Minha filinha tem nove meses e AMA as suas canções. ... gratidão. ...
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Discão da porra!!!
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Ae amigos boa sorte !! Contando os dias pra ouvir os sons novos ja, valeu !!
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