As fortes chuvas causaram severos danos na igreja abacial e na Capela do Santíssimo sacramento da Abadia Maria Mãe do Cristo, que fica em Caxambu, no Sul de Minas Gerais. Sem recursos próprios para resolver a situação, o Mosteiro precisa do auxílio da comunidade cristã para reformar suas instalações.
A situação é mais grave na Capela do Santíssimo Sacramento, que foi fechada. O sacrário teve, inclusive, que ser retirado do local, que é o mais afetado pelos muitos vazamentos registrados no prédio. A igreja abacial, onde são celebradas missas diariamente, ainda está sendo utilizada, ainda que de forma precária, com algumas de suas áreas fechadas para utilização. Essa igreja já está se mostrando insuficiente para o acolhimento dos fieis nas Missas dominicais e necessita ser ampliada. O local só é totalmente vetado para uso quando chove. Nessas ocasiões, as celebrações são transferidas para o hall de entrada do Mosteiro, que, estreito, também se torna bastante precário para o acolhimento dos fieis.
Como todo mosteiro da Ordem Beneditina, de clausura monástica, cuja rotina diária gira em torno da oração e trabalho, a Abadia é um mosteiro autônomo, que sobrevive com os recursos obtidos por meio dos trabalhos realizados pelas monjas, algumas em idade avançada e donativos. A renda mal é suficiente para as despesas correntes e incapaz de cobrir as despesas necessárias para a reforma.
Os problemas com o telhado, que precisa ser inteiramente reformado, e com a rede elétrica, que foi danificada pelas maritacas, que ali fazem seus ninhos, ocasionando curto circuito em várias áreas, atingem todo o mosteiro, (refeitório, copa, cozinha, portaria, oficinas de trabalho, salas de reunião e celas). Contudo, por ser uma obra de alto custo, orçada em mais de R$ 400 mil, a comunidade religiosa estabeleceu como meta prioritária a reforma da igreja abacial, cujo orçamento, que inclui a troca do telhado, reparo das trincas, restauração das áreas atingidas pelos vazamentos e troca da fiação, ficou em torno de R$ 150 mil.
A Abadia Maria Mãe do Cristo fica na zona rural de Caxambu, cerca de seis quilômetros do centro da cidade, conhecida por sua água mineral, (daí o lema "Nas fontes do Salvador", adotado pelas monjas), distante 294 km de São Paulo e 370 km de Belo Horizonte. Atualmente, 13 monjas e uma noviça dividem seu tempo entre orações: Oficio Divino (consagração a Deus das horas do dia, composto principalmente por salmos e leituras da Sagrada Escritura – Vigílias, Laudes, Terça, Sexta, Noa, Vésperas e Completas), lectio divina (leitura meditada da Sagrada escritura) e oração particular e vivem do trabalho de suas mãos confeccionando cartões, paramentos, estolas e produtos para alimentação.
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