Amanda a la España

Conheci a história de um homem que aos 21 anos decidiu fazer uma viagem. Ele interrompeu a faculdade de medicina que cursava, subiu a bordo de uma bicicleta equipada com um pequeno motor e partiu em direção a algumas cidades da Argentina. Nosso contato não foi pessoalmente, mas pelo que sei esse primeiro passo mudou a vida dele e de milhares de pessoas. Ele ganhou fama e virou um exemplo de determinação. “Sejamos realistas. Sonhemos com o impossível”, aconselhou Che Guevara, o homem que seguiu um anseio e por isso, pode inspirar vidas, que assim como eu, acreditam que uma pessoa tem força suficiente para mudar o mundo – ou, antes disso, seu próprio mundo.

Conheci a saga de Che, o menino travesso e curioso que se tornou um grande revolucionário, no Museo del Che, na cidade de Alta Gracia, quando fiz meu primeiro intercâmbio e viagem sozinha, para um curso intensivo em espanhol na Universidade Nacional de Córdoba. Desde então percebi como uma viagem, não importa o destino ou o tempo de duração, pode ser uma experiência transformadora, tanto para quem a faz como para os outros que, com certeza, se beneficiarão de seu aprendizado. Por isso, decidi dedicar minha vida e minha profissão como jornalista a projetos que me permitam conhecer mais sobre as histórias do mundo e também trabalhar para a construção do conhecimento sobre os diferentes países. Em 2015, eu ganhei uma bolsa da Universidade Presbiteriana Mackenzie para passar um semestre na Universidade de Salamanca, na Espanha. Nesse período, cursei disciplinas de histórias e filosofia, bailei Enrique Iglesias hasta que me dolesen los pies, e encontrei pessoas incríveis, que me receberam de coração aberto mesmo com todas as diferenças culturais.

Agora, fui admitida para um mestrado em Turismo y Humanidades em Barcelona, mas me faltam alguns muchos euros para realizar esse sonho...

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