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Amanda - uma instalação cênico-cotidiana
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Amanda - uma instalação cênico-cotidiana

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Protocolo

A fim de explicitar o labor artístico, uma atriz e um diretor convidam quatro pessoas, dois atores e duas atrizes, para encenarem com eles quatro textos dramatúrgicos curtos de diferentes correntes estéticas. Um vIdeomaker produz doze curtas, com as mesmas durações das encenações, sobre as diferentes perspectivas de olhares na composição dos espetáculos. Como operários capitalistas, a equipe precisa atender a demandas de produção dos espetáculos em larga escala, trabalhando oito horas seguidas por dia (quarenta horas por semana), sem intervalos para descanso, refeições ou necessidades básicas, para clientes especiais (fruidores), oferecendo diferentes objetos de consumo a partir da mesma matéria prima. A produção é vigiada de perto pela força simbólica dos nomes e fotos dos pagadores (patrões) no espaço de produção. O tempo de cinco minutos de organização entre as atividades de produção é marcado por uma ampulheta disposta na região central da sala de produção. O não cumprimento do tempo acarreta penitência para a atriz protagonista: cada falta cometida em relação ao tempo implica em uma hora de serviço voluntário comprovado em instituição pública de ensino básico de qualquer localidade, desde que cumprida no mesmo mês da exposição.

Outras informações: www.conac.net

Justificativa

A mercantilização do fazer artístico não é resultante da sociedade a nós contemporânea. Ela remonta ao Império Romano, com ações de mecenas, como Caio Mecenas (que dá nome à iniciativa - entre 68 - 08 a.C.). Os gostos pessoais e escolhas estéticas e de temas dos e pelos mecenas certamente influenciaram diretamente a historicidade das obras artísticas. Todavia, não se pode negar que as linhas de produção, mais expressivas a partir do século XIX, resvalem com algum impacto sobre as criações e produções nos campos das artes. Certamente a comercialização de obras, e não menos certas naturezas de editais nas áreas de arte e cultura, impactam nas escolhas estéticas, técnicas e temáticas dos artistas. Esses tentando se adequar às exigências cada vez mais devastadoras de certo mercado que se estrutura nos alicerces dos processos de criação e acabam por balizar a validade e a pertinência de algumas obras; outras são deixadas nas regiões mais periféricas ou mesmo fora dos interesses públicos em relação ao fazer artístico. Não se deve esquecer que também as iniciativas nos campos da educação estética e em artes constroem exigências intensas para seus especialistas; produções muitas vezes sem condições mínimas de suporte e para fins, no mínimo, duvidosos em relação aos domínios das artes, no que tange ao desenvolvimento afetivo-cognitivo da expressividade humana, costumam ser requisitas. As propostas de reforma trabalhista, tão caras ao atual governo federal e a muitos setores da política nacional, podem, e imaginamos que irão, igualmente impactar sobre as relações artísticas; seja positiva e forçosamente criando movimentos de resistência, contexto sobre o qual este projeto nasce; seja negativamente aderindo às novas condições de acordos coletivos de trabalho, por exemplo, que incidirão também sobre jornadas e condições de trabalho, provavelmente menos benéficas aos empregados do que aos empregadores. Por ser o campo das artes um espaço naturalmente periférico nos interesses políticos, econômicos e sociais da nossa era (e também de eras anteriores), não é de se estranhar que, ao fim e ao cabo, os reflexos dessa tomada de decisão sobre as leis trabalhistas no Brasil pareçam severamente mais intensos sobre as condições de exercício em artes (docência e criação), se comparadas às circunstâncias emergentes desse contexto em outras áreas de atuação profissional. Um segundo aspecto merece atenção: a subjetividade artista caminhou e continua a trilhar dois trajetos bastante insalubres. De um lado, se pensa o artista como o vagabundo; aquele que não contribui para com a sociedade; alguém que prefere viver em condições horríveis de trabalho e vida a ter que se dedicar ao que se chama comumente de “trabalho de verdade”, o qual, quase sempre, corresponde a um emprego em um cargo socialmente tido como relevante pela quantidade de bens de consumo que produz. No outro trajeto, encontramos o endeusamento do artista; seja porque este é tido como o gênio de uma era, seja porque é visto como alguém que vive constantemente em situação financeiramente abastada e socialmente de prestígio. Esse trajeto se constrói e se sustenta ilusoriamente nos e pelos veículos de comunicação em massa, como os programas de televisão e boa parte do cinema internacional. Entretanto, é importante reconhecer o artista como alguém que tem um labor árduo, diário, intenso, e que contribui para com a sociedade na medida em que oferece resistência à alienação, que movimenta e produz muitos bens imateriais necessários à vida em sociedade; que instiga constantemente a nossa percepção a desenvolver novas relações para com as coisas do mundo e para com as pessoas; que não precisa ser o gênio (se é que ele existiu/existe), mas que também não é alguém que não se dedica a relações de produção de bens úteis à sociedade. Os bens imateriais precisam de espaço, de investimento, de preservação; precisam evitar a assunção de si frente às demandas de bens de consumo, cada vez menos duráveis e, por isso, com cada vez mais urgência de produção. É desejável que se mantenha a produção dos bens de consumo, mas, sobretudo, é indispensável pensar as pessoas que os produzem; suas necessidades básicas, suas condições de trabalho, sua saúde psíquica, física, emocional e social. Nesse tocante, como reflexão e resistência à esse período obscuro e preocupante das relações de trabalho no Brasil e da visão que se constrói sobre o artista enquanto profissional é que surge o projeto Amanda - uma instalação cênico-cotidiana. A execução, segundo o que se propõe, por um lado expõe aos fruidores diferentes perspectivas da criação artística e por outro lado, escancara e amplia as condições precárias, cada vez mais frequentes, em que esse trabalho vem se exercendo.

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