Amor ao Hipismo

Me sinto uma mulher especial e uma atleta que não se acostuma com o segundo lugar. Sim, sou competitiva. Muito. Escolhi a equitação para desenvolver minhas habilidades motoras, concentração e superação de limites físicos e psicológicos.Além de poder dar amor aos cavalos, minha paixão desde a infância.

Durante a adolescência praticava a modalidade de salto e participei de diversos campeonatos como forma de aprendizado, na busca de qualificações e almejando novas técnicas de montar e saltar com o cavalo.

Não esqueço o dia, em um dos campeonatos, que fui convidada a integrar a equipe paraequestre brasileira, buscando a classificação para a paralimpíada de Atenas 2004. Integrei a equipe que foi ao mundial na Bélgica em 2003 e obtive índice paralímpico que possibilitou o Brasil a ganhar a carta-convite para participar das paralimpíadas no ano seguinte.

Agora em 2016, o Rio de Janeiro, "cidade maravilhosa" como é conhecida mundialmente, receberá o maior evento esportivo do mundo. Os melhores atletas de cada modalidade estarão lá para superar ainda mais seus limites. Como praticante do hipismo vi mais uma oportunidade de representar o país, em casa e com toda energia dessa torcida única. Estou treinamento intensamente para  subir ao pódio.

Essa paixão pelo esporte e cavalos é o que me da força para acreditar nesse sonho e me motiva a cada dia para treinar buscando a tão sonhada vaga paralímpica e por que não uma medalha para o Brasil!!  Para que esta história siga nesse caminho que trilhei junto a equipe técnica que me acompanha, preciso do apoio de pessoas como você para custear a ida a Brasília e participar das seletivas . Superando este obstáculo, com a classificação, a Confederação Brasileira de Hipismo e Comitê paralímpico Brasileiro assumem os custos seguintes. A ajuda de cada um de vocês conta e estaremos juntos nessa empreitada.

Como motivação diária uso uma frase de outro atleta paralímpico, Daniel Dias que diz: "Deficiente é uma palavra limitante e que classifica a pessoa. Deficiências e limites todos nós temos. Portanto, não sou um atleta deficiente, sou um atleta paralímpico”, e eu Natalie ainda acrescentaria

 um detalhe o importante é a EFICIÊNCIA, e essa só depende da nossa dedicação.

Eu nasci com má formação cardíaca, durante a cirurgia de correção tive uma parada cardiorrespiratória o que gerou uma perda de movimento parcial do lado direito.