ATMA Camp - Psy, Chill e RD

ATMA CAMP

O Coletivo ATMA se propõe a oferecer vivências que colaborem na propagação das práticas de redução de vulnerabilidades (harm reduction, redução de riscos e danos) relacionadas ao uso de substâncias lícitos e ilícitos, fomentando o fortalecimento dos vínculos com a qualidade de vida. O projeto visa estruturar um espaço seguro, empático e compassivo, onde encoraja-se o autocuidado na auto-exploração vivenciada em espaços de festa, festivais e eventos similares. A área de Camp inclui pista de música e uma área de Redução de Danos –  associada a InfoStand com informações sobre substâncias psicoativas, bem como área onde ocorrerão sessões sonoras de chillout, atividades holísticas como yoga, meditação, respiração holotrópica, atividades do sagrado feminino e lounge bastante aconchegante para relaxar, conversar e descansar. Conta com a obra Relax Dome em suas instalações. Também conta com cozinha e refeitório para uso coletivo dos acampantes.

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Contextualizando, o Burning Man foi criado em 1986 em Baker Beach, San Francisco, e somente em 1990 mudou-se para o deserto de Black Rock em Nevada e desde então não parou de crescer: a edição original nos EUA já conta com a participação de 70 mil pessoas. No meio do deserto, por sete dias, esses 70 mil burners se reúnem para co-criar uma admirável cidade temporária, em forma de um relógio, com foco principal e também toda sua diretriz baseada em 10 princípios: Auto-expressão Radical, Auto-suficiência, De-comoditização, Responsabilidade Cívica, Não deixar rastros, Inclusão Radical, Participação, Presentear, Comunidade/Esforço comum e Imediatismo.

Claramente o que nos distingue de outros eventos e festivais, embora não seja o mais importante dos princípios, é a de-comoditização, que desempenha um importante papel de capacitação humana. Isso fica claro nas primeiras seis palavras do Princípio: “Para preservar o espírito de presentear…” Por meio do curto-circuito de nossos comportamentos de mercado padrão, a prática da descomodificação nos força a lidar uns com os outros como seres humanos, não simplesmente como atores econômicos.

No Burning Man, você não pode evitar uma interação, transformando-a em uma transação, como tantas vezes fazemos no mundo padrão e, com frequência, em desvantagem.