Briga de marido e mulher a gente mete a colher!

Aplicativo colaborativo para reunir mulheres que sofreram algum tipo de violência doméstica com outras mulheres dispostas a ajudar

O objetivo é conectar mulheres que sofrem abusos e mulheres que estão disponíveis para ajudar
A ideia surgiu numa edição do Startup Weekend Women que aconteceu em Recife. Nove mulheres se juntaram para emponderar outras mulheres para que não sofram mais agressões físicas, psicológicas, sexuais, dentre outras. Tudo foi pensado e desenvolvido em um final de semana.

Encontrar o problema foi fácil, todas sabiam que este é um grande problema social: segundo o Ipea (2015), a cada uma hora e meia uma mulher morre vítima de violência masculina. Assim, a dificuldade de fato era encontrar a solução. Depois de pesquisas online, uma visita à delegacia da mulher e uma pesquisa de campo, a essência do aplicativo estava nas mãos dessa nove mulheres: criar uma rede onde as mulheres juntas poderiam se ajudar.

Assim nasceu o Mete a Colher, aplicativo colaborativo que tem como objetivo reunir mulheres que sofreram algum tipo de violência doméstica com outras mulheres que estão dispostas a ajudar voluntariamente, seja oferecendo assistência psicológica, jurídica ou até mesmo um abrigo para receber a vítima. Além do app, que tem o sigilo garantido, o Mete a Colher mantém uma página no Facebook e no Instagram como forma de divulgação.

Emily Blyza, Marina Ribeiro, Carol Cani, Marina Gargantini, Renata Albertim, Lhaís Rodrigues, Aline Silveira, Thaissa Lima e Thaísa Queiroz não esperavam um retorno tão rápido. Durante o processo de construção do aplicativo, as empreendedoras conseguiram parceiros para auxiliar na programação e interface do site, além de vários seguidores nas redes sociais. Apesar de ser uma forma nova de oferecer assistência às vitimas de violência doméstica, a rede cresce a cada dia: só no primeiro dia de fanpage, o Mete a Colher reuniu mais de 500 seguidores na causa, passando de 1000 já no segundo dia.

Pensando em não expor a vitima, é possível acessar a rede anonimamente, já que esse foi um dos feedbacks que as pesquisas forneceram. Para quem não achar necessária essa modalidade, é possível também fazer parte da rede conectando-se automaticamente pelo Facebook. O intuito é reunir o maior número de mulheres dispostas a colaborar na assistência a essas outras mulheres, estimulando o empoderamento e a sororidade.

Esta campanha será um pontapé inicial para possibilitar:
1) Viabilização do APP e suporte
2) Ajudar com custos de capital humano: advogada, psicóloga e assistente social
3) Pagamento de domínio na internet