Caminhando com as próprias pernas

Pessoal,

Há quase dois meses, postei no facebook a história do pai do Valderi, o pedreiro que estava trabalhando em uma obra na minha residência. Em uma conversa com Valderi, ele me disse que trabalhava com seu pai, um senhor novo, de 65 anos, que infelizmente se descuidou de sua diabetes. Resultado? A diabetes piorou consideravelmente e ele teve que amputar uma de suas pernas.

Ele me falou isso, contou detalhes da internação, as dificuldades passadas para comprar os medicamentos, realizar a intervenção cirúrgica etc. Isso tudo sem lágrimas nos olhos, pareceu-me bastante contido nessas horas. Eu, por outro lado, já com um nó na garganta.

A conversa continuou, falamos sobre outras coisas, quando o assunto voltou a ser o seu pai. Dessa vez, no entanto, a emoção tomou conta dele. Com os olhos marejados e a voz embargada, confidenciou para mim, um completo estranho:

- Há uns anos, eu não tinha pai, sabe? Só vim me aproximar dele de uns tempos para cá, e a gente sempre ia passear: eu, ele, minhas filhas... Era bom. (nessa hora, ele desviou o olhar por uns dois segundos, e eu percebi que foi para enxugar os olhos) Era não, vai voltar a ser.

Perguntei-lhe, então, se seu pai já tinha colocado alguma prótese, e ele me respondeu que não, apesar de ter esse desejo. Aquilo ficou martelando na minha cabeça, postei a história no Facebook, várias pessoas se comprometeram a ajudar, uma empresa de prótese entrou em contato conosco... Orientei o Valderi a buscá-la, a fim de fazer um orçamento para a prótese de seu pai.

Dois meses depois, ele me trouxe o orçamento. Necessitamos, então, arrecadar o valor para permitir que o pai de Valderi volte a andar. Que tal você nos ajudar? :)