Meu nome é Marco Antonio Valente Coppini,tenho 35 anos,sou motoboy e tenho uma empresa para prestar esses serviços de transporte, tenho 5 filhos, um especial, e gostaria de compartilhar minha história de superação e inclusão.
Bem, o casamento com a mãe das crianças terminou. A luta contra a balança continuou, apesar do bom resultado. Mas ainda faltava algo...
Até que um dia, numa corrida de rua, passei por um pai empurrando o filho cadeirante! Foi uma inspiração!
Cheguei em casa e logo fiz o convite para meu filho, se ele topava fazer uma prova comigo. Ele aceitou na hora! Fizemos a nossa primeira corrida em Março de 2015, a Princess Magic Run. Fiz um post para compartilhar a emoção.
O amigo Angel, assistindo TV, viu o Projeto Pernas de Aluguel e falou: “mano, olha que legal para você correr com seu filho especial”, e realmente era muito legal, afinal eram corredores que emprestavam suas pernas, para levar corredores especiais a sentir a emoção de cruzar a linha de chegada! Achei aquilo tudo sensacional, e me identifiquei na hora! Entrei em contato com o idealizador do projeto, Eduardo Godoy, uma pessoa extraordinária, desde o primeiro dia, foi “O CARA”!Nos recebeu super bem, nos acolheu como uma família, e daí por diante, a minha vida e a vida de TODA, SIM EU DISSE TODA A MINHA família, mudou por completo.
Fizemos a primeira corrida com a Família Pernas de Aluguel! A alegria do meu filho, de de estar com outros cadeirantes, foi indescritível.
Não paramos mais. Começamos a correr todos os finais de semana, em várias cidades do Brasil. Florianópolis, Rio de Janeiro, Campinas, Igaratá, Ubatuba, foram alguns de nossos destinos. Já tínhamos um time, eu e meu filho: OsMarcolinos (Marco Véio e Marco Novo), e aí novos integrantes (amigos simpatizantes)foram somando. É um uma família dentro do projeto Pernas de Aluguel. Já percorremos várias distâncias em provas, 5, 7, 10, 15, 18, 21, 23, 42km, e estamos estudando a ultramaratona(!!) para o ano que vem.
Com toda essa empolgação, meus filhos de 10 anos,também participam de corridas e já fizeram distâncias de 5km, 7km e também 10km, correndo! Sim, correndo.
Os dois filhos menores (Larissa 3 anos e Thomas 10 meses), também participam da festa! Já fizeram 5, 7 e 10km, comigo, sendo conduzidos nos carrinhos.
O projeto Pernas de Aluguel me abriu os olhos para um mundo ainda desconhecido. Mais aprendi nesses últimos tempos, do que ensinei. Marcos começou a se superar a cada corrida. Já terminava as corridas andando, nos últimos metros, dando aquele show de força de vontade em cada chegada e despertando em outras pessoas o olhar para a inclusão, para a superação, seja qual for o problema.
A corrida trouxe para nós inúmeros benefícios. Ele parou de tomar remédios controlados, o rendimento na escola melhorou e com ele as “notas azuis” começaram a aparecer, ganhou mais vontade em realizar tarefas e se mostra muito mais feliz.
O “ser atleta” começou a despertar !
Com muito incentivo de todos que o amam, ganhou dos amigos Pernas de Aluguel e do Colégio Virgem Poderosa, através de campanha (olhe meu amigo Angel Carbone aí) um triciclo, onde passamos a correr mais provas, e provas desafiadoras como de montanha, aventura, e distâncias longas. Com meu ganho de motoboy e família grande, ficaria mais difícil comprar esse equipamento.
Com o passar do tempo e das provas, o triciclo não aguentou mais os 80 kgs do Marquinhos... E o casal Lucilene e Alex, que amo demais, nos presenteou com um novo triciclo. E é com ele que realizamos nossas aventuras até hoje!
Não para por aí não!
Roberto Itimura, amigo-anjo querido, prometeu uma handbike. Marquinhos? Ficou super empolgado. Marco Véio, com medo: Meu filho tem paralisia cerebral. É perigoso. Como vai ser?
Campanha iniciada para comprar o equipamento. Chegou o grande dia, maio de 2016, Marquinhos ganhou a tão sonhada bicicleta, e na primeira volta, um capote.
Fiquei preocupado, pois poderia ter machucado ou algo do tipo, mas para descontrair e perguntei qual tinha sido a sensação do primeiro capote. Ele, sem exitar, falou: “PAI, NÃO FOI NADA, FOI MAIOR LEGAL. ME SENTI COMO SE FOSSE UM ATLETA QUE TIVESSE TIDO UMA LESÃO!!
Bem, sou chorão e desabei na hora. Meu filho estava ganhando asas para voar! Isso mudaria a vida dele completamente!Isso mudaria a minha vida também.
Começamos a treinar, e lá fomos para algumas provas. Alguns pódiuns começaram a aparecer, por categoria, e isso tem feito a diferença na vida dele.
Com esse projeto e tudo que envolve, ele começou a fazer Jiu Jitsu com a mãe,já é graduado faixa cinza. Iniciou a natação adaptada na ADESP, faz assessoria de corrida no Ibirapuera com o time da UPPER RUN, que nos acolheu e faz todos os trabalhos voluntários conosco de alongamentos e fortalecimentos, e faz atletismo na ADD (peso e corrida na cadeira).
Hoje eu sonho mais alto. Acredito que ele possa ser um atleta paralímpico. Acredito na evolução dele, e ainda temos como objetivo o famoso IRONMAN ou o mini IRONMAN! Tudo depende da nossa evolução nos treinos, dele e minha também.
Poderemos nadar, pedalar e correr, porém, precisamos de ajuda de parceiros e patrocínio.
É muito fácil participar.
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