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Documentário "Cava: O buraco é mais embaixo"
Documentário "Cava O
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Vaquinha OnlineMeio ambiente
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Documentário "Cava: O buraco é mais embaixo"

Documentário "Cava: O buraco é mais embaixo"

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HISTÓRICO

Localizado a menos de 50 km da capital São Paulo, e em meio ao maior porto da América Latina, a cidade de Cubatão concentra um dos polos industriais-portuários mais ricos do país, que teve seu início durante o governo JK, ainda na década de 1950. O que antes era um paraíso verde, cercado pela Mata Atlântica, rapidamente recebeu 18 grandes indústrias: uma refinaria, uma siderúrgica, sete de fertilizantes e nove de produtos químicos. Estas construções ocorreram em uma época onde não havia a legislação ambiental que hoje existe. Após 15 anos do início do processo de industrialização, cerca de 60 Km² de Mata Atlântica já havia sofrido degradação, formando uma clareira que podia ser vista por quem descesse a Serra do Mar.

Essa rápida e desenfreada industrialização levou Cubatão a ser uma das 5 maiores arrecadadoras de impostos do Estado de São Paulo, o que fez com que os governantes e empresários fizessem vistas grossas ao caos socioambiental que se formava. As indústrias produziam a todo vapor, despejando quantidades enormes de substâncias poluentes no ar e nos rios de forma descontrolada. As consequências foram catastróficas! Cubatão chegou a ser reconhecida pela ONU como a cidade "mais poluída do mundo", rendendo-lhe o apelido de "Vale da Morte".

A partir de 1983, foi implantado um plano de recuperação ambiental visando o controle das emissões de poluentes, bem como, foram feitos planos de recuperação da Mata Atlântica com o replantio da vegetação nativa. Esse projeto deu resultados positivos, e durante a Eco 92 Cubatão foi apontada pela ONU como Símbolo de Recuperação Ambiental, apresentando hoje 98% do nível de poluentes controlados.

O CANAL

Todo esse material poluente das indústrias, despejado descontroladamente por mais de 50 anos, foi se sedimentando no fundo do canal de Piaçaguera, um afluente do estuário de Santos. De metais pesados a hidrocarbonetos são encontrados nestes sedimentos, que apresentam alto nível de contaminação. A maioria dos poluentes ali contidos têm concentrações maiores do que os limites toleráveis estabelecidos pelos órgãos ambientais, federais e estaduais.

Para atender aos interesses do setor industrial e portuário, mais especificamente da siderúrgica Usiminas e da VLI Logística (empresas que operam um terminal de navios no local), fez-se necessário o aumento da profundidade do canal Piaçaguera, para permitir que navios maiores e com maior capacidade de carga pudessem transitar e operar nestes terminais portuários. 

Iniciou-se, então, um processo de dragagem, que consiste em "sugar" o fundo do canal, retirando o sedimento lá existente e transportando-a para outro local. Cerca de 2,4 milhões de toneladas de sedimentos contaminados já foram dragados no Canal de Piaçaguera. Como alternativa tecnológica para a destinação dos sedimentos, decidiu-se depositar este material contaminado em um grande buraco na orla do manguezal: uma "cava subaquática" com 25 metros de produndidade e 400 de diâmetro.

Ambientalistas questionam essa operação, alegando que com a movimentação, este material altamente contaminado poderá se misturar novamente na coluna d'agua, afetando todo o ecossistema estuarino. O movimento ambiental formado contra a operação da cava subaquática questiona também o processo para a obtenção da licença ambiental para instalação da obra, alertando para o fato de que as empresas envolvidas não teriam levado em consideração qualquer tipo de estudo da área de influência e teriam iniciado a obra mesmo com o prazo de validade da licença vencido. Além  das questões legais, os ambientalistas apontam que a técnica utilizada é mais barata, porém a de maior risco ao meio ambiente.

O IMPACTO

A Cava Subaquática está localizada a cerca de 2,5 km da Vila dos Pescadores, bairro de Cubatão onde vivem mais de 10 mil habitantes. No local, mais de 200 famílias dependem dos pescados e caranguejos para sobreviver. Preocupados com a contaminação pela presença da cava no local, os pescadores vêm procurando locais de pesca mais saudáveis e, portanto, mais afastados, fato que aumenta bastante os custos envolvidos na atividade.

Com o vai e vem das marés, a superfície da cava é lavada e revolvida, assim, é possível que o sedimento contaminado ali depositado volte a se misturar com as águas do estuário de Santos. Ao contrário do que aconteceu em Mariana, Barcarena e Brumadinho (cidades do Estado de Minas Gerais), onde o rompimento das barragens de mineração gerou uma avalanche de lama contaminada, capaz de mudar a cor das águas dos rios, na cava subaquática de Cubatão os impactos não são visíveis. Logo, todo o ecossistema manguezal corre um risco silencioso. Além de abrigar uma flora típica, o manguezal é também uma importante área de reprodução de aves, peixes, moluscos e crustáceos, que ali buscam alimento e abrigo.

O FILME

O documentário 'Cava: O Buraco é Mais Embaixo' propõe resgatar, a partir de depoimentos de ambientalistas, técnicos e moradores da região, o histórico da degradação ambiental descontrolada no município de Cubatão a partir da década de 1950, que culminou no passivo ambiental que ameaça a saúde da população até os dias de hoje. O filme também irá expor como a construção da cava subaquática vem impactando diretamente o dia a dia das famílias que vivem na Vila dos Pescadores, às margens do Canal da Piaçaguera, local de onde tiram seu sustento.

A PRODUTORA

Noise Coletivo é uma produtora audiovisual de São Vicente, com experiência em documentários de cunho social, como NoisDaRua - sobre moradores de rua, Você Só Dá Aula? - sobre a saúde dos professores e Aula de História - sobre o momento político do Brasil às vésperas da eleição de 2018.


Você Só Dá Aula? 


Aula de História


NoisDaRua

COPRODUÇÃO

A Terra Azul Cultura e Sustentabilidade é uma iniciativa voltada à produção de projetos culturais de cunho socioambiental, com vistas à conservação dos ecossistemas marinhos e costeiros. Produziu o documentário "Pulsante: um filme sobre a Baía do Araçá" - sobre o conflito da expansão portuária sobre um território caiçara, e o projeto foto-documental "Redes de Fé: pesca e devoção na cultura caiçara" - que tece conexões quanto a fé no Bom Jesus de Iguape entre comunidades de pescadores nos municípios de Santos (Ilha Diana) e Iguape (Rocio e Icapara).


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