Escola de Física CERN - André Barcellos

Quem sou?

Me chamo André Barcellos. Sou professor de Física formado pela Universidade de Brasília, por onde também sou mestre em Ensino de Física. Recentemente fui selecionado para participar da Escola de Física CERN 2018! Não apenas vou conhecer o maior laboratório de física de partículas do MUNDO (localizado parcialmente na Suíça e na França), como também experimentar uma imersão na Organização Européia para a Pesquisa Nuclear  (CERN) em um curso intensivo entre os dias 01 de Setembro e 09 de Setembro de 2018. Antes, passaremos alguns dias em Lisboa para termos aulas preparatórias no Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas (LIP). Além disso, iremos à Berna conhecer a casa de Einstein, assim como um museu em sua homenagem.  
 

O projeto CERN 2018

Para ser selecionado, tive que submeter um projeto no qual descrevi como pretendo divulgar, ao regressar ao Brasil, os conhecimentos e experiências que obtive lá. Assim o fiz. Fui selecionado com o seguinte projeto:

As atividades que pretendo desenvolver ao retornar ao Brasil são divididas em duas grandes categorias:(i) atividades docentes em espaços formais de educação e (ii) divulgação científica em espaços não formais de educação. Há dois focos de interesse nas atividades da categoria (i). O primeiro é confecção de workshops e minicursos oferecidos em horário de contraturno para alunos regulares do ensino médio do ensino particular e público. A intenção inicial é a de incentivar e descobrir potenciais talentos, além, evidentemente, de fornecer exemplos em estado de arte do que é produzido atualmente em física de partículas. O segundo foco é a inserção de tópicos de física de partículas e correlatos no currículo regular, da seguinte forma: na terceira série do ensino médio no contexto da disciplina de física, em dois momentos. Ao definir o conceito de carga elétrica - aqui, faz-se uma discussão epistemológica sobre o conceito, além de uma definição formal a nível de ensino médio - e logo após a enunciação da força de Lorentz. Um segundo momento a ser explorado é de forma interdisciplinar, logo após a definição (no contexto da disciplina de Química) de números quânticos. Este momento, que acontece normalmente na 2ª série do ensino médio, pode ser aproveitado para estender o assunto para a construção do modelo padrão. Atividades de “pesquisa guiada”, nas quais os professores propõem problemas envolvendo física de partículas, são bem vindas nesse contexto. A proposta de atividades docentes é essa, ainda incipiente, até por faltar os subsídios que adquiriria na Escola de Professores CERN. Na categoria (ii), de imediato, a produção de material multimídia em formato de vídeo da experiência in loco para posterior divulgação no site eurekabrasil.com - tanto do evento quanto do conteúdo propriamente. A produção de textos para o mesmo fim, também veiculados nesta mídia, além de projetos já em fase de implementação de vivências no âmbito da divulgação científica com jornalistas e professores.

Por que preciso de sua ajuda?

Até 2014, o programa contava com o auxílio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Entretanto, este auxílio foi suspenso desde então. Apesar disso, os organizadores do programa Escola de Física CERN mantiveram alguns subsídios para incentivar a participação, especialmente, de professores da escola pública.

Nesta edição de 2018, alguns professores conseguiram subsídio parcial para sua viagem. Mesmo eles tem que arcar com custos de passagens aéreas, hospedagem, alimentação, entre outros. Para estes, o custo estimado gira em torno de 6.000 reais.

Acontece que eu não fui agraciado com tal subsídio, infelizmente. Contava com ele por também atuar na rede pública do Distrito Federal, mas não o logrei. Para mim e alguns outros professores em situação semelhante, os custos são consideravelmente mais elevados e superam, com facilidade, os 10.000 reais.

A Escola de Física do CERN é organizada pelo SPRACE em parceria com o Instituto Principia e a SBF, com o apoio da RENAFAE. Está inserida no programa “Escola de Professores no CERN”, em Língua Portuguesa, promovido pelo CERN e pelo LIP (Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas) de Portugal.