Espetáculo Teatral sobre viagem no tempo

Esse projeto é importante para todos os envolvidos, para que possam usufruir da arte e atuar como protagonistas de um espetáculo, onde a temática fora escolhida pelo integrantes.

Sinopse do Espetáculo 

O ano é 2565 e Violet (uma hacker) descobre que a organização em que sua mãe trabalhava, foi responsável pela morte dela. A tal organização realiza batalhas reais no passado, como forma de entretenimento para as pessoas ricas e transmite em tempo real. Violet se junta com sua amiga para invadir a organização e voltar no passado a fim de evitar a morte de sua mãe, mas elas são pegas durante a invasão e caem no portal do tempo que estava já ativado e acabam sendo mandadas para o ano de 1943 no ápice da segunda Guerra Mundial. Terá Violet a chance de escapar da Guerra e voltar no tempo para salvar a sua mãe?

Proposta de Dramaturgia 

Dália Nídia propôs ao seu grupo de atores adolescentes e sua companheira de trabalho Mayara Sousa, a construção de um projeto cênico que falasse de um futuro pós apocalíptico e distópico. 

Da dificuldade em escrever uma peça com um assunto tão amplo, Dália encaminhou a todos beberem na fonte da série Dark, Mr. Robot e Black Mirror, ao filme Donnie Darko, Matrix e Terminator, e ao jogo de vídeo game Life Strange que debatem e utilizam dessa temática de viagem no tempo, futuro distópico e pós apocalíptico. Após extenso estudo, a mesma iniciou a escrita do texto “O que restou do Amanhã?” do qual foi lido e relido diversas vezes.  O texto mostra o que ambicionava Dália, de forma explicita – a maneira que a própria posição do narrador é seu autor ego, explicitando pensamentos por devaneios e etc.

Se vivemos em um mundo em que as pessoas estão atualmente chamando atenção para si mesmas e vigiando as ações umas das outras a todo o momento (através das redes sociais) e expõem seus “devices” aparatos tecnológicos cada vez mais eficazes, nada mais justo do que criar uma organização que controle a tecnologia apenas para benefícios próprios e envia as classes baixas para batalhas no passado com meio de entretenimento para o alto escalão da sociedade.  

Estamos em 1943 na Segunda Guerra Mundial, fomos colocados aqui para matar, se sobrevivermos aos três dias de jogo, temos o direito de escolher uma época e vivermos o resto de nossas vidas em paz. (Trecho da peça). 

Assim, ao se tratar de tema totalmente amplo, Dália (diretora e escritora do texto), procura não simplesmente fornecer seu ponto de vista, sobre a história, mas principalmente questionar intensamente nos seus mínimos detalhes onde a humanidade irá chegar se continuar se alienando com relação ao mundo. De tal modo, trata-se, sobretudo de uma tentativa de conscientizar os jovens de hoje a usarem a tecnologia de uma forma coerente e se importarem aos acontecimentos políticos atuais. 

“Todas as criaturas vivas dessa terra morrem sozinhas”. (Donnie Darko 2001) 

Como a lenda da Fênix, tudo termina com recomeços. O que mantém o mundo girando é a vontade de continuar seguindo em busca de seus objetivos. O tempo é sedento e insensível, a minha alma cética não acredita que a humanidade terá salvação ou vai mudar.  (Trecho da peça). 

Como principais referências artísticas e filosóficas para o projeto, estão o Teatro Contemporâneo com seus desnudes cênicos, o Realismo Fantástico que por vezes deixa sublime o aterrorizante das histórias, as séries Dark, Mr. Robot e Black Mirror, os filmes Donnie Darko, Matrix e Terminator e o Jogo de Vídeo Life Strange. 

Histórico da Cia.

A Cia Uféden iniciou o trabalho em 2018 com o espetáculo que originou o nome da cia (Os Últimos Filhos do Éden), com um grupo de jovens da periferia que não possui acesso a Arte e a Cultura. O espetáculo foi apresentado em bibliotecas de SP e espaços culturais, trazendo repertório e experiência para o grupo iniciante. Foram tantos elogios, que a responsáveis envolvidas (Dália Nídia e Mayara Sousa) resolveram, abrir a cia para continuar atendendo esses jovens e proporcionando o acesso à cultura e arte.

Hoje a cia está encaminhando um trabalho para alcançar mais jovens da periferia para acessar o trabalho e compor o grupo como um todo. Os encontros acontecem todos os domingos das 9h às 13h na Fábrica de Cultura Vila Curuçá (zona leste de SP), o grupo está desenvolvendo um trabalho com temática jovem de viagem no tempo e batalhas reais.