Estreia da peça teatral "M.E.D.O."

"M.E.D.O" é um espetáculo teatral onde três homens desvendarão a si mesmos diante da plateia, mostrando o que há de melhor e pior em nós, seres humanos.

Até onde você seria capaz de ir por amor?

Até onde se sacrificaria por uma causa?

Essas e outras inquietações apresentadas num texto forte e delicado, incômodo e libertador, com um final surpreendente e inesperado.

Precisamos falar sobre isso. 


Agora, mais do que nunca.

Vivemos hoje em um momento de extremismos em diversos aspectos.

A intolerância muitas vezes não parte de um lado só, mas sim de quem defende uma causa e, por vezes, tem dificuldade de compreender o lado oposto, de comunicar-se com o opositor através de um diálogo sensato, sem deixar que as emoções aflorem e a racionalidade de sua forma de pensar dê margens à intransigência. E isso gera cada vez mais a incompreensão com grupos, raças, orientações sexuais, profissões, entre tantos outros aspectos.

Através dos meios de comunicação é frequente vermos assassinatos, atentados, pessoas apanhando em locais públicos, jovens morrendo em boates, homens sendo jogados de prédios., mulheres sendo multiladas sexualmente, violência doméstica e machismo. A violência é transmitida na mídia diariamente.

No meio de tudo isso existem fatores que interferem na conquista de direitos e deveres onde deve-se lutar pela laicidade, pelo respeito a todas as instituições teocráticas, onde haja paz e comunicação entre elas e, até mesmo, com aqueles que são ateus ou agnósticos.  

Pensando em tudo isso, a peça teatral “M.E.D.O.” debate e alerta para temas tão atuais que assustam uma parcela da população, através de uma dramaturgia inovadora, com encenação forte ao colocar a plateia em uma sala de tortura, presenciando o que ali pode ocorrer quando se tem um objetivo (ainda que questionável).

Com uma equipe de diferentes idades e gerações, busca-se estimular o pensar através da alegoria do Teatro, fazendo com que a plateia saia questionando a violência física e psicológica existente agora e através do tempo, independente de país, religião, sexo, orientação sexual, forma de governo e interesses econômicos.

Também discutem-se temas como o preconceito contra portadores de DSTs (principalmente portadores do vírus HIV), falsas acusações, valores morais e religiosos, definição do conceito de família, preconceitos com religiões que não sejam a mesma que aquela pessoa é devota.

Sempre trabalhando com temas inquietantes (Holocausto, AIDS, Câncer), o dramaturgo que já representou o país em Festivais Internacionais e Projetos Sociais em Cabo Verde e Angola (África) mergulha no tema da intolerância e da homofobia presentes onde não há leis que criminalizem esses atos.

Esta peça, plural em seu público, permitirá reavaliar e discutir temas presentes sem julgar ou apontar culpados, mas mostrando que o poder, a intolerância e o fanatismo podem ser muito mais perigosos do que muitos julgam como amoral ou pecado.    

Teatro Augusta (SP)

Previsto para estrear em Abril de 2017.