Lançamento do livro "Flores suicidas"

Desde criança eu escrevo.

Gosto de pensar que minha paixão pela escrita veio da mania que tenho de enxergar o mundo como uma grande e elaborada história. Mas, cá entre nós, acho que é porque eu levei muito a sério aquele ditado que diz que devemos escrever os livros que queremos ler. E Deus sabe como eu gostaria de ter lido, no começo da adolescência, os desabafos de alguém com quem eu pudesse me identificar - um garoto tímido, contraditório, sexualmente confuso, melancólico e absolutamente cheio de dúvidas.

Sim, eu escrevo pra mim. Contudo, também escrevo para os jovens. Este livro é uma ode, uma homenagem a todos os momentos feios, grotescos e gloriosos da adolescência, aqueles que ninguém ousa mencionar na arte porque não são poéticos o suficiente. Também é uma homenagem aos próprios adolescentes. Mas quando digo isso, falo de todos: desde os desajeitados até os populares, dos melancólicos aos eufóricos.

Flores suicidas é tristeza e alegria, ócio e atividade, amor e ódio. Flores suicidas é sexo, drogas e rock n' roll, mas também é a quietude da introversão. Flores suicidas é o sorriso com aparelho, a pele com espinhas e o cambalear bêbado do fim de noite. Flores suicidas é minha tentativa de eternizar essa fase tão bela e fugaz.

Flores suicidas é um manifesto da juventude.

Se pudesse, eu daria este livro a toda e qualquer pessoa que eu visse na rua. Entregaria um exemplar, ofereceria um lanche e me divertiria com suas reações aos meus versos. Conversaria por horas e horas sobre as aventuras da vida como um arauto da juventude, mas não tenho dinheiro para fazer tudo isso, infelizmente. Por isso, contribua com algum valor e me ajude a levar este livro às pessoas que precisam entender, descobrir ou relembrar o verdadeiro significado dessa época que metamorfoseia nossas vidas.