Las muertes de Olivia

                   Olivia pulou. Você não pularia? 

Esse não é um livro de prevenção ao suicídio ou auto-ajuda. As feridas são cutucadas até que sejam sentidas. A palavra morte é utilizada 40 vezes pelo autor. A palavra vida aparece em 102 oprtunidades. São pontos de vista. Você precisa enxergar o abismo para que saiba sair de lá, caso seja necessário.

Olivia, Marcos e Júlia falam de morte para continuar vivendo. O teor existencialista do livro é claro e objetivo. Não há nenhuma intenção em criar cenários impossíveis onde personagens não sentem. Aqui a queda é real. Aconselho que você segure firme as páginas e que leia em um lugar seguro.

"Las muertes de Olivia" é um livro intenso, direto, feliz, triste e principalmente, honesto. Ele foi escrito em 26 dias e 8 horas com todos os sentimentos confusos existentes nele.

Vamos falar de suícidio, de luto, de perdas, de amor, de ódio, de começos e recomeços. Vamos falar de vida. Olivia vai esticar a mão e te convidar para que você encontre as suas razões enquanto ela tenta encontrar as dela.

Não há enrolação ou voltas em capítulos. As reflexões aparecem em cada linha, em cada palavra escrita. Os diálogos são pesados e repletos de desabafos de alguém que está cansado de ter que caber em formas inventadas antes mesmo do nascimento. 

Leia e pare por um segundo.

O mergulho na dor é fundo, mas é extremamente necessário para que você continue nadando.

Morra de vez em quando.

É preciso falar da morte para que a vida tenha algum sentido.

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Autor: Gabriel Hortz

Capa/Prefácio: Lucas Munhoz