é linguagem de resistência, construída a partir da inserção de palavras e expressões de origem africanas ocidentais. É usada principalmente por travestis e grande parte da comunidade TLGB. Eu chamo esse álbum de pajubá porque pra mim ele é construção de linguagem. É invenção. É ato de nomear. De dar nome aos boys. É mais uma vez resistência.
Pra mim é muito importante conseguir materializar esse álbum por reunir nele uma série de ideias. Cada música pra mim é uma ação. E elas têm papel fundamental na minha própria vida. Eu sempre me perguntei se a vida imita a arte, ou a arte que limita a vida. E eu acho que existe uma retroalimentação de ambas as partes. E me incomodava muito não me sentir, mais do que representada, mas apresentada, nem nas novelas, filmes e também nas músicas que eu ouvia. Não era sobre mim que elas falavam. Eu não cabia ali. E então eu descomprometidamente começo a compor, a fazer músicas que contavam parte da minha história. E mais do que isso, começo a inventar, através delas, minha própria história também. Já que a arte não necessariamente apenas reproduz, mas também produz nossos afetos, relações, eu encontro na música uma ferramenta de produção e invenção e intervenção sobre as minhas relações.
Não canto histórias pra boy dormir. Mas grito para tirá-los do lugar. O corpo sempre foi algo que me instigou. E eu sentia que esse era o lugar mais apropriado para se falar. A partir do meu corpo. Dos meus afetos, das minhas relações, dos meus desejos. E foi no corpo e pelo corpo que pude encontrar no que era apontado como fragilidade as minhas maiores potências. Como por exemplo, o feminino. E passo a falar a partir desse lugar. Bixa travesti, preta, da quebrada, filha de empregada doméstica. Aqui encontro minha potência. Encontro na minha pele preta o meu manto de coragem. Encontro no espelho a força de resistir. Encontro na música, voz. Encontro no funk poesia. Movimento. Me encontro comigo mesma. E encontro com outras solidões. E passo a perceber que não estava sozinha, que haviam muitas que também compartilhavam das mesmas sensações. E encontro e produzo força a partir do nosso encontro.
Eu enxergo na música essa capacidade de religar, de conectar. O funk já habita um lugar que me interessava que é o de justamente falar e produzir sobre sexualidade. E eu queria produzir um espaço que fosse de intervenção sexual. Onde não mais continuássemos voltadas somente ao macho. Mas que pudéssemos construir entre nós uma rede de apoio e fortalecimento - entre o feminino - independente de em que corpo estivesse localizado. Uma rede de apoio emocional, psicológica, sexual e até econômica.
E eu acredito muito nisso. Acredito muito nas minhas músicas, por isso tenho tanta vontade de ver esse álbum ser realizado. Para que outras pessoas possam ouvir e que ele seja motor de outras ações. Eu não sou cantora, eu estou cantora. Faço música pra ser ouvida. Faço isso por mim mesma. Como se cantasse pra salvar minha própria vida. E é por acreditar nessa rede de apoio que acredito que podemos construir esse albúm juntas. Cada uma do seu território, como pode. A partir do momento que isso está no mundo já é nosso. Eu não sou uma diva. E não quero construir isso sozinha. Produzir música é caro, mas juntas podemos somar nossas forças e dividir as responsabilidades e fazer disso nosso ponto de encontro.
Bixa, trans, preta e periférica. Cantora, bailarina e performer, Linn encontrou na música - em específico, o funk - uma poderosa arma na luta pela quebra de paradigmas sexuais, de gênero e corpo. Em 2016, a artista lançou os singles “Talento” e “Enviadescer” e neste ano ela abre as atividades com a música “Bixa Preta”. Além disso, se prepara para o lançamento de sua experimentação audiovisual “blasFêmea” enquanto divulga a campanha de financiamento coletivo para a produção de seu próximo projeto, o álbum Pajubá. Nos shows, Linn da Quebrada é acompanhada pela cantora e persona Jup do Bairro, o percussionista Valentino Valentino e pelo DJ Pininga.
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Tô bonita? (tá barata!)
O que Elika nos move....para este título, foi o texto dela sobre um dia que o filhote não queria ir à escola...pura clareza, amor, empatia como ela resolveu...um recorte da lindeza que ela é e compartilha .E porque acredito que juntos somos multidão...
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Picadinho de neca
Parabens pelo livro e pelo projeto! Desejamos que voce consiga atingir sua meta. Super beijo
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Senta e observa a tua destruição
Parabéns por essa iniciativa, tenho orgulho de participar!
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TALENTUEIN?
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Vam'bater um papo reto?
Olá, Aldo! A Paz, Obrigada pela sua colaboração e principalmente por acreditar nas formação de pessoas melhores através da evangelização. Que Deus abençoe, guarde e ilumine sua família! Canção Nova
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PiriGoza
Excelente iniciativa, assim, mudamos o mundo!!!
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Fogo no rabo
Grande Eder!!!! Obrigado por seguir comigo nessa luta, camarada!!!! Entendo e respeito muito sua posição, e agradeço pela atitude e amizade. Muito foda mesmo. Forte abraço!
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Bom dia, Marcelo! A Paz! Obrigada por colaborar conosco. Queremos um mundo melhor, com pessoas de valores verdadeiros. Os ensinamentos precisam começar pelas nossas crianças. Que Deus abençoe sua família! Canção Nova
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Pode vim cola junto as transviadas as sapatão
Bom dia, Daniela! A Paz, Muito obrigada por contribuir com esse lindo projeto de evangelização dos pequeninos. Que Deus o abençoe! Canção Nova
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E aí as bixa fico maluca - Bocket show
Olá, Eliana! A paz! Obrigada por colaborar com nosso projeto e apoiar essa causa. Pensamos na formação de homens novos para um mundo novo, começando pelos nossos pequenos. Que Deus o abençoe hoje e sempre! Canção Nova
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Pisa menos, Linn. Eu te imploro! - Bocket show
Parabéns meu grande. Maior orgulho de ti. Abraço Veníco Fagundes
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