Material de Órteses - Morogoro/Tanzania

Olá..

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Eu sou Mariana Biason, formada em fisioterapia a 14 anos e hoje atuo como Coordenadora de Fisioterapia Hospitalar em São Paulo. Agradeço imensamente o seu interesse no projeto e logo abaixo detalho um pouco mais a que se propõe essa campanha.

Entendendo o impacto positivo social, físico e de bem estar que a profissão proporciona, venho me dedicando com o propósito de ampliar o acesso a reabilitação. A admiração pelo projeto desenvolvido pela ONG Atos de Vida na Tanzânia nasce neste contexto levando a fisioterapia em lugares onde ainda não há. 

Fazendo uma simples comparação, na Tanzânia existem cerca de 1 fisioterapeuta para cada 137.500 pessoas. No Brasil, mesmo com os números bem distantes do ideal, temos 1 fisioterapeuta para cada 875 pessoas. 

Em regiões de extrema pobreza o cuidado com a saúde exige amor e dedicação. A Fisioterapeuta Fernanda Cordeiro, doutora em ciência da reabilitação, presidente da ONG Atos de Vida e Idealizadora do Fisioterapeuta sem Fronteiras, põe a mão na massa na Tanzânia/África, especificamente na região de Morogoro. A Fisioterapeuta proporciona tratamento a diversas incapacidades físicas incluindo crianças com sequelas de Paralisia Cerebral, adultos com Acidentes Vasculares, AVCs e alguns casos de Osteogênese Imperfeita.   Todas essas patologias cursam com deformidades físicas que dificultam as atividades de vida diária e podem sobrecarregar o cuidador desses pacientes. Portanto é imprescindível o acesso a fisioterapia para que a reabilitação das funções perdidas aconteça, otimizando a independência das funções e tarefas do dia a dia com o objetivo de torná-los cada vez mais produtivos auxiliando pacientes e seus familiares a desenvolver uma melhor qualidade de vida de cada indivíduo fazendo com que desfrutem de uma vida melhor.

Uma grande dificuldade que a ONG vem enfrentando é o acesso ao material específico para fabricação de órteses. Na região não se encontra distribuidores ou fornecedores das placas de termoplásticos moldáveis para confecção individualizada das órteses. No Brasil essas placas, medindo 45cm x 60cm, custam cerca de R$300,00 a R$400,00 cada placa. Para termos uma ideia, são cerca de 2 folhas tamanho A4 por esse valor. Apesar de todo o esforço para desenvolver novas formas de fabricar as órteses, através de papelão, madeira e outros materiais de baixo custo, a resistência e a fixação não ficam adequadas para uso diário e prolongado.  

Essa campanha tem o objetivo de arrecadar dinheiro para compra de algumas placas de termoplástico (o máximo possível), uma panela elétrica antiaderente com temperatura ajustavel entre 60^oC e 70^oC, ideal para moldar as placas, uma tesoura específica de corte para a placa, além velcros autoadesivos e materiais para proteção e prevenção de úlcera de pressão para parte interna da órtese. 

Em novembro deste ano estou indo a Morogoro visitar o projeto e contribuir atuando por 3 semanas juntamente com a Dra. Fernanda e levarei os materiais que conseguirmos comprar. Por isso, peço que se esse projeto também faz sentido para você, nos ajude a fazer chegar a Tanzânia o material necessário para que o voluntariado possa ser cada vez mais eficaz. 

Este surpreendente projeto continuará atravessando as fronteiras necessárias para que os fisioterapeutas voluntários possam continuar reabilitando as vidas pelo mundo.

Saiba mais sobre o movimento Atos de Vida no Site: https://atosdevida.org/atosdevida/

Conto com sua colaboração!!!

Veja algumas fotos no vídeo em anexo lá no início deste texto.

Juntos somos mais fortes!

GRATIDÃO!