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Mati-taperê
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Mati-taperê

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“Mati-Taperê - Quem quer ter? Quem quer viver?” é uma peça voltada ao público adulto que aborda o mito brasileiro de mesmo nome na intersecção da linguagem da dança com o teatro. Pautando uma reflexão sobre a sociedade brasileira e criando uma experiência estética a partir do imaginário popular do país, o projeto busca um olhar contemporâneo para essas questões.

         O Projeto é resultado da pesquisa de Trabalho de Conclusão de Curso de Victor Walles em Direção Teatral no Departamento de Artes Cênicas da Universidade de São Paulo (CAC-USP) e se encontra na fase final de desenvolvimento, com data de estréia prevista para Novembro de 2018.

 

O PROJETO

         Diante das crises do atual cenário político brasileiro e da sensação de vivermos em uma sociedade cada vez mais artificial, desbotada e exploratória, olhar para uma natureza em fúria pode nos fazer refletir sobre o que precisa morrer para a Vida emergir novamente. Este olhar que encontramos em Mati-Taperê, um mito que contém características estruturais tanto do imaginário ameríndio, quanto do africano e do europeu, constitui uma figura brasileira, sombria e desordeira, que reflete a ideologia nacional acerca da posse do Homem sobre as demais formas de vida.

A história da velha bruxa que se transforma em coruja e sai pelas cidades e vilas pedindo café, fumo e pinga àqueles que têm mais do que outros é revista com um olhar contemporâneo nesta peça. A velha, que amaldiçoa aquele que lhe nega ajuda, evidencia que a festa de uns pode ser o pesadelo de outros e questiona quantas pragas estará a humanidade disposta a sofrer antes de mudar a relação de abuso que estabelece com a Natureza.

A potência de Mati-Taperê está em lembrar que os seres humanos não são maiores do que as forças naturezas e que deve haver um equilíbrio entre o que é retirado da terra e sua reposição e distribuição. Nessa peça a esperança e a morte andam de mãos dadas, através da figura da bruxa que oferece, àqueles a quem antes havia pedido, a maldição da sua existência errante. “Quem quer?”

 

JUSTIFICATIVA

Esse projeto nasce da pergunta: “Por que a mitologia brasileira só é lembrada em escolas de ensino básico, no mês do folclore e mesmo assim de forma superficial?”. Essa percepção do quanto a formação artística, escolar, técnica e acadêmica no Brasil é eurocentrada. A falta de estudos sobre as artes e manifestações culturais populares  mostra a necessidade de olhar para o Brasil por um novo ângulo político, que misture tradicionalidades outras com questões da contemporaneidade. A classe artística pesquisa incessantemente novas possibilidades políticas, estéticas e poéticas a partir de mitos considerados clássicos (como Édipo, Medeia e Sísifo), criando formas interessantes de intersecção entre um fazer teatral nacional e os materias pesquisados. Contudo, acaba ignorando outras raízes da cultura brasileira e esquecendo os próprios mitos nascidos aqui, com a lógica brasileira, seus medos, seus confrontos de classes e etnias e suas relações com os espaços geográficos diversos que compõem o território nacional. Essa visão perpassa todo o processo artístico do projeto, retirando o mito da Mati-Taperê de um lugar supostamente antigo e distante e confrontando ele com a estrutura social atual do país como um de seus elementos estruturantes.

Esse mito revela um dos maiores embates da história brasileira e um dos debates mais soterrados pelas elites: o confronto entre a ideia de posse e a ideia de comunidade. A sociedade brasileira, em sua origem colonial, foi fundada, com o início do capitalismo, na ideia de posse. Para isso, a violência colonial buscou destruir organizações sociais estruturadas de forma comunitárias (indígenas, africanos, quilombolas e casos como o de Canudos), mas essas comunidades resistem, não só fisicamente, mas também no nosso imaginário popular. Como Mati-Taperê pede o que a terra dá, o que seria de todos, essa figura noturna aparece de forma quase fantasmagórica do inconsciente coletivo brasileiro, revelando o medo da elite de ser amaldiçoada por seus excessos, obtidos a partir da exploração da terra e de outros grupos sociais. Esse medo se intensifica em momentos de crises econômicas e políticas, levando a maiores repressões e abusos como uma forma de impedir que lhe retirem aquilo que nunca foi seu. Para o grupo, o mito evoca valores que permitem estruturar formas de quebrar as estruturas coloniais e fazer emergir uma nova organização social.

A criação do espetáculo parte de um estudo físico, fundindo procedimentos de criação do teatro e da dança. O processo apresenta dois universos que entram em confronto dentro de cena: o da natureza, do mito; e o da cidade, da artificialidade. Um traz corpos hiper-teatrais, alegóricos, enquanto que o contraponto é feito por corpos em movimentos livres criando composições espaciais.

A tentativa é de que, com essa fusão temática e processual, o lado mais sombrio das estruturas ideológicas do país seja posto em discussão. A elite brasileira se concretiza nas figuras da cidade, revelando sua artificialidade e farsa ao tentar a todo custo soterrar o diferente para se eternizar, tentando destruir qualquer ciclo da Natureza. No processo de construção de grupo, foram usados procedimentos de máscara, energia e inspirados nos corpos dos bonecos de danças populares (bonecos de Olinda, Mamulengo, etc) fundidos com procedimentos de espacialidade do sistema de viewpoints.

Já o universo foi construído a partir da teatralização presente no maracatu,  características físicas que, a Professora Doutora em Dança, Graziela Rodrigues levanta no livro “O Bailarino-Pesquisador-Intérprete” sobre suas experiências a congada e com um terreiro de umbanda. Criando esse corpo que reage à artificialidade da cidade e dançando emerge da morte, repleto de vida, para lutar pelas vidas que são colocadas à margem desse sistema desigual de organização social.

 
 

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