Mickey Junkies

Mickey, skatista, adicto numa substancia - existente apenas no universo do filme , advinda de resíduos de uma fabrica de brinquedos em Camaçari, ao perder todo o seu dinheiro num jogo de fliperama, recebe uma arma da sua vizinha e operaria da fabrica, e surta. A partir desse surto, passa a ouvir vozes dos desenhos da Disney e realiza assaltos com a voz do Mickey Mouse. Enfim capturado pela Inteligência de Policia, torna-se uma lenda das ruas

Alexandre Guena é um cineasta baiano, da cena underground brasileira, desde os anos 90. De 2008 pra cá, realiza uma série de curtas experimentais de destaque, que renderam críticas empolgadas de gente como o cineasta enfant terrible da América, Harmony Korine, como também Ivana Bentes, Arthur Omar, Sonic Youth, dentre tantos outros.
 

Mickey Junkies is an experimental film that makes you laugh and will set tongues wagging. Mickey (Caio Graco) is a guy from the streets of Salvador. A skater who gambles, drinks and smokes a drug from the remains of a toy factory. After his psychotic break, he is assisted by the voices of Disney characters helping him to evade the police, who have placed him at the top of their most wanted list. Two Bahian investigators, played by Dante Rafael Leonelli and Thiago Evangelista, channel Pulp Fiction while arguing about who makes the best acaraje in town.  The film provides an interesting new take on police cliches.

Manifesto Avalanches.

O filme deve provocar e, principalmente, instigar o público.

O filme deve fazer o espectador pensar e despertar nele suas células revolucionárias.
O espectador deve sentir na pele uma vontade incontrolável de partir para a ação.  Absolutamente qualquer câmera serve para contar historias, contudo, o filme não necessariamente precisa contar uma historia. O objetivo do filme é tirar o espectador da sua zona de conforto. O cineasta deve utilizar o aparato técnico que tiver à disposição. As novas tecnologias permitem que qualquer pessoa consiga facilmente filmar e editar num smartphone, por exemplo. O cineasta deve recorrer a esses meios, se assim lhe for conveniente, para furar o bloqueio sócio cultural econômico do cinema, dominado por majors e filmes pré formatados , criados para vender a ilusão de entretenimento cultural.

A proposta é que uma avalanche de filmes venha soterrar o status quo, juntamente com todos esses filmes formatados para o mercado, e acordar o público desse sono profundo com milhões de sonhos.

O filme não deve obedecer à logica de mercado.

O filme não precisa ter uma duração pré definida.

Um pequeno filme pode ser como a pedra que derrotou o gigante golias.

Um pequeno filme pode ser como o veneno de um escorpião.

Um pequeno filme pode ter grandes ambições.

Uma Avalanche de pequenos filmes podem e devem ocupar todas as telas de cinema.

Estamos no topo da montanha e o nosso único desejo é descer.

Por Alexandre Guena (Avalanches)