NEUROCIÊNCIAS EM BRISTOL

Sabemos que a educação no mundo inteiro tem sofrido transformações; embora tenhamos acessos aos mesmos estudos e métodos inovadores de ensino ainda  nos apegamos aos métodos antigos por medo ou tradicionalismo ou por ceticismo em relação a essas inovações. 

Nossas crianças são diferentes das crianças que fomos há 10 ou 20 anos atrás; elas são ativas, pensam incessantemente, argumentam, pesquisam e são bombardeadas de informações o dia inteiro; portanto a educação tradicional já não as alcança. 

 Temos cada vez mais casos de TEA (transtorno do espectro do autismo) em sala de aula, TDAH, TOD entre outros e em geral, não estamos preparados para atender essas crianças, pois mal nos pertimos, como educadores, compreender o funcionamento do cérebro neurotípico quanto mais as peculiaridades dos processos de aprendizagem dos neurodiversos.

Resistimos às tecnologias em sala de aula, pois desconhecemos o potencial delas como ferramentas de ensino.

Sou professora de educação bilíngue e trabalho com crianças de 4 a 6 anos; tive a oportunidade de trabalhar com LEGO education, Realidade Virtual,fui incentivada pela energia dos meus alunos a adaptar jogos e ser encatanda pela Gamificação, tendo visto o quanto essas metodologias ativas de ensino realmente tornam cada momento de aprendizagem algo significativo para nossas crianças; pude ver comprovadamente diante de mim que as crianças aprendem brincando, algo que para mim, era apenas teoria. 

 Em 2017 recebi o diagnóstico de TEA (transtorno do espectro do autismo) mas também descobri que embora meu cérebro funcione um pouco diferente das pessoas ao meu redor, existe um potencial incrível de memória, de aprendizado e fui percebendo que de certa forma eu só precisava realmente compreender a mim mesma e criar estratégias para lidar com as dificuldades do cotidiano e potencializar minhas áreas de força.

Creio que meu projeto é relevante, pois gostaria de apresentar métodos embasados pela neurociência (que já tem contribuído grandemente para educação desde que essas duas ciências começaram a dialogar) e dar segurança, reafirmando que nossos professores são capazes de transmitir e inspirar todas as crianças que estão ali em sua sala de aula, sejam típicas ou atípicas.

O dinheiro arrecadado vai contribuir para pagar minha alimentação e moradia na Inglaterra por um ano. Já recebi a carta de aceite para o curso a minha vaga nesta universidade já está garantida.

Minha única forma de recompensa-los pela contribuição a este projeto é citá-los na tese final do Mestrado o que farei com imensa alegria.