Muito mais do que reproduzir o texto original de Fernando Pacheco Jordão, um dos mais importantes e respeitados jornalistas de sua geração, o projeto de reedição do livro Dossiê Herzog: prisão, tortura e morte no Brasil busca construir um documento atual, relevante e necessário sobre um dos episódios mais decisivos para a história recente do Brasil: o assassinato de Vladimir Herzog, em 25 de outubro de 1975.
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O assassinato de Vladimir Herzog e seus desdobramentos para a história do Brasil já foram contados por meio de diversos livros, filmes, peças de teatro, exposições. Mas talvez nenhum relato seja tão rico e preciso quanto Dossiê Herzog: prisão, tortura e morte no Brasil, livro publicado por Fernando Pacheco Jordão em 1979.
Reeditado cinco vezes, a mais recente há quinze anos, o rumo atual da vida política do país impõe acréscimos a esta obra referencial, que permitam novas abordagens e aproximem esta página da nossa história das novas gerações de leitores.
Por isso, o Instituto Vladimir Herzog lança o projeto de financiamento coletivo para a publicação da sétima edição do livro Dossiê Herzog: prisão, tortura e morte no Brasil, de Fernando Pacheco Jordão.
Ao ser publicado pela primeira vez, há mais de quatro décadas, o livro se tornou uma ação política que se seguiu a tantas que marcaram a reação dos jornalistas e de importantes setores da sociedade brasileira ao assassinato de Vladimir Herzog, então diretor de jornalismo da TV Cultura, e à fraudulenta versão de que ele havia se suicidado, em 25 de outubro de 1975.
A repercussão da morte de Herzog foi enorme. Ficou exposta aos olhos do país a crueldade do regime ditatorial. Manifestações populares, principalmente de estudantes, começam a eclodir, como não ocorria desde 1968. Uma semana depois do assassinato, mais de 8 mil pessoas participaram do famoso culto ecumênico na Catedral da Sé, em São Paulo, registrado na foto e concelebrado pelo cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, o rabino Henry Sobel e o reverendo James Wright. Foto: Portal Memórias da Ditadura (Instituto Vladimir Herzog)
A repercussão da morte do jornalista foi enorme e a crueldade do regime ditatorial não podia mais ser relativizada. Não é exagero dizer que começava ali o processo que culminaria na redemocratização do País, como bem explica Fernando Pacheco Jordão nas páginas do livro.
A intenção de produzir e publicar uma nova edição de uma obra já consagrada se justifica não apenas pela possibilidade de reproduzir o texto impecável de Fernando Pacheco Jordão, mas por muito mais do que isso.
Diante das insistentes e grosseiras tentativas de revisionismo histórico por parte de personagens que hoje estão no poder, é preciso estabelecer uma visão atualizada sobre tudo o que representou o assassinato de Herzog.
Como se não bastasse, as circunstâncias em que o jornalista foi assassinado foram investigadas e analisadas nos últimos anos por órgãos de justiça nacionais e internacionais e a nova edição do livro irá trazer estas atualizações.
Trata-se, portanto, de um livro incrivelmente consoante com os nossos tempos atuais e uma nova edição é absolutamente relevante e necessária.
Em meio a tantos retrocessos na defesa dos direitos humanos, é nosso papel lutar pelas convicções de Vladimir Herzog e construir uma sociedade que mantenha sua capacidade de indignação e sua ação transformadora.
Fernando Pacheco Jordão (1937-2017) começou no jornalismo em 1957, como redator e locutor de rádio-jornal, na antiga Organização Victor Costa em São Paulo, que abrangia as rádios Nacional, Excelsior e Cultura. Depois, passou por vários dos principais veículos jornalísticos do país, como a Rádio Difusora, dos Diários Associados; o jornal O Estado de S. Paulo; e a TV Excelsior. Em 1964, foi contratado pelo serviço brasileiro da BBC em Londres, onde se reencontrou profissionalmente com Vladimir Herzog, com quem havia trabalhado em O Estado de S. Paulo.
Fernando Pacheco Jordão foi um dos principais jornalistas da sua geração e passou pelos mais importantes veículos de imprensa do país. Foto: Carlos Fenebach (Revista Veja)
Em seu regresso ao Brasil, em 1968, foi convidado a atuar na TV Cultura, onde criou o jornalismo com o programa “Foco na Notícia”, que posteriormente passou a se chamar “Hora da Notícia”. Em 1974 foi para a TV Globo, onde editou o “Jornal Nacional” em São Paulo e a seguir tornou-se diretor do “Globo Repórter”.
Diretor do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo na época do assassinato de Vladimir Herzog, é o autor deste livro, que se tornou um documento fundamental para a história de nosso país e que o Instituto Vladimir Herzog pretende republicar agora.
Fernando trabalhou na TV Globo até 1979. Depois disso ainda foi correspondente da revista IstoÉ em Londres e da Editora Abril em Paris, quando se despediu das redações, atuando a seguir como assessor de imprensa em campanhas eleitorais. Fernando faleceu em 14 de setembro de 2017.
Criado em 25 de junho de 2009, o Instituto Vladimir Herzog luta pelos valores da Democracia, dos Direitos Humanos e da Liberdade de Expressão. Essa missão requer a recuperação da nossa História – especialmente da mais recente, ocultada pela sistemática censura imposta pela ditadura – e a sua exposição às novas e às próximas gerações.
Desde 2009, o Instituto Vladimir Herzog desenvolve atividades em defesa dos direitos humanos, como a exposição "Resistir é Preciso...", retratada na imagem acima, realizada em 2014 em quatro capitais. Foto: Ângelo Pettinati (Metrô BH)
Almejamos transformar a cultura da sociedade para transformar a própria sociedade. Trabalhamos na formação dos valores do indivíduo, desde os seus primeiros anos de vida, buscando a vivência do respeito à diversidade em todas as dimensões e a consciência de seus direitos e como buscá-los. Inspirados na grandeza e nos valores de Vlado, não é o medo que nos move, mas a confiança no ser humano e em seu potencial. Para isso, é preciso estar atento e atuante para assegurar o diálogo e a tolerância às opiniões diversas na sociedade.
Certificado digital de agradecimento
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Nome impresso na nova edição do livro "Dossiê Herzog: prisão, tortura e morte no Brasil"
Incluiremos seu nome na lista de colaboradores que estará dentro desta nova edição do livro.
Exemplar da nova edição do livro "Dossiê Herzog: prisão, tortura e morte no Brasil"*
A nova e sétima edição do livro, além de reproduzir integralmente o texto original de Fernando Pacheco Jordão, trará atualizações sobre as investigações das cirscunstâncias em que Vladimir Herzog foi covardemente torturado e assassinado, em outubro de 1975, além de textos inéditos sobre a carreira do jornalista e o seu legado para a defesa dos direitos humanos, que se manifesta, entre outras coisas, por meio do Instituto Vladimir Herzog, criado em 2009.
Box de DVDs "Os Protagonistas desta História"*
Parte do projeto "Resistir é preciso...", criado pelo Instituto Vladimir Herzog, que resgata a memória da resistência contra a ditadura, o conjunto de 12 DVDs reúne 60 testemunhos de brasileiros que, escrevendo, imprimindo, distribuindo, participaram da imprensa alternativa, clandestina e a feita no exílio, no período de 1964 a 1979, do golpe à Anistia.
Os depoimentos contidos nos DVDs inserem definitivamente na história do Brasil, de forma documentada, o papel desempenhado por estes jornais legais e ilegais que circularam para difundir idéias, mesmo sem a concordância do poder da época.
Exemplar do livro "Os Cartazes desta História"*
Também parte do projeto “Resistir é Preciso…”, que resgata a memória da resistência contra a ditadura, o livro traz cerca de 300 cartazes que retratam denúncias e solidariedade dos brasileiros em face da situação no país e também nas nações vizinhas que viviam sob a intervenção militar.
A obra é divida em seis capítulos: Resistências, Anistia, Movimentos, Mulheres, Trabalhadores e Estudantes, Solidariedade, Mortos e Desaparecidos. Organizada pelo jornalista Vladimir Sacchetta e com projeto gráfico de Kiko Farkas, a edição conta com o ensaio de Chico Homem de Melo, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP e autor de artigos e livros sobre design gráfico.
Box com exemplares do jornal "Ex-"*
Produzido entre 1973 e 1975, com periodicidade mensal, o jornal "Ex-" foi um dos expoentes da chamada mídia alternativa durante a ditadura militar, reconhecido por suas reportagens aprofundadas, textos ácidos e imagens provocativas. Para dar a exata dimensão da ousadia criativa e oposicionista, a capa da primeira edição trazia Hitler, nu, tomando sol em uma praia tropical.
O box, publicado em parceria com a Imprensa Oficial e com a produção gráfica de Kiko Farkas, traz uma coleção inédita com 19 edições em fac-símile do jornal, traz toda a história da publicação e contextualiza a verdadeira saga que foi produzir esse tipo de publicação durante a repressão.
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Notas:
1. As recompensas serão enviadas a partir da data em que for lançada a nova edição do livro "Dossiê Herzog: prisão, tortura e morte no Brasil", previso para ser lançado em janeiro de 2022.
2. Caso ultrapassemos a nossa meta, os recursos serão usados para apoiar o Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão.
* Frete incluso somente para a cidade de São Paulo. Para outras cidades, o frete será pago pelo doador. Neste caso, um representante do Instituto Vladimir Herzog entrará em contato com os doadores para combinar o pagamento do frete e o envio das recompensas.
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Ouro
Certificado digital de agradecimento + Nome impresso na nova edição do livro "Dossiê Herzog: prisão, tortura e morte no Brasil" + Exemplar da nova edição do livro "Dossiê Herzog: prisão, tortura e morte no Brasil" + Box de DVDs "Os Protagonistas desta História"*
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Platina
Certificado digital de agradecimento + Nome impresso na nova edição do livro "Dossiê Herzog: prisão, tortura e morte no Brasil" + Exemplar da nova edição do livro "Dossiê Herzog: prisão, tortura e morte no Brasil" + Box de DVDs "Os Protagonistas desta História" + Exemplar do livro "Os Cartazes desta História"*
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Diamante
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