O Assassinato do Presidente

Numa noite na Rua do Triunfo, o maior criminoso do Brasil, o rei da Boca do Lixo do século 21, Ulisses, recebe uma prostituta travesti, Penélope, do seu catálogo vip para um encontro antes dele executar no dia seguinte o presidente do País. Naquela noite, as revelações na vida das personagens as aproximam para sempre mudando inesperadamente o rumo da história.

Gostou da sinópse? Então, atualmente, a Cia Pessoal do Faroeste está sem fomento, mas isso não reduz nossa vontade de criar e levar ao público o que melhor sabemos fazer: teatro! 

O Assassinato do Presidente foi escrito pelo diretor da Cia, Paulo Faria, e agora iremos montá-lo! A peça, que tem como elenco o próprio Paulo e a atriz Leona Jhovs, já tem data de estreia: 04 de dezembro e contando com colaboradores incríveis cuidando dos mínimos detalhes para que tudo saia perfeito.

Tudo que nos falta neste momento é a viabilização econômica que nos permita tocar a ideia com tranquilidade. Para isso, estamos iniciando esta campanha, convidando você para ser financiador, ou melhor, cúmplice do Assassinato do Presidente. Você pode colaborar na medida da sua abundância, ajudando, assim, o Pessoal do Faroeste a seguir realizando seu trabalho no centro da cidade de São Paulo.

FICHA TÉCNICA

Texto e Direção: Paulo Faria

Com: Leona Jhovs e Paulo Faria

Músicos: Breno barros (Contrabaixo); Gabriel Parreira (celista);
Gabriel Eleutério (violino), Felipe Pan Chacon (Multi instrumentista).

Diretor Musical: Felipe Pan Chacon

Assistente de Direção Musical: Rodrigo Zanettini

Assistente de Direção: Eduardo Fonseca

Operação de Luz: Fábio Cabral

Figurinista: Alessandro Correia Marques

Visagismo: Alexandre Araujo

Fotos: Rodrigo Reis

Produtora Administrativa: Mônica Azevedo

Diretor de Produção: Brunner Macedo

O Pessoal do Faroeste está prestes a completar 20 anos de existência, no dia 19 de janeiro, sendo que os últimos 17 foram dedicados a um estudo profícuo da região da Luz, em especial ao cinema, as drogas, prostituição, a cultura negra, o samba na região e temas correlatos contemporâneos como a legalização da cannabis sativa, feminismo e diversidade sexual, em projetos de formação de plateia para a região.

Estes temas são levados à cena através de editais públicos de incentivo ao teatro. A intenção é criar através do trabalho um sentimento de pertencimento da população em relação ao espaço para além do teatro como fim, espetáculo. Esta relação se estende para o território, fora do espaço estético, provocando discussões e criação de políticas públicas, numa fruição de forma e conteúdo, de resultado e processo.

A estreia do musical Um Certo Faroeste Caboclo marca o nascimento da Cia. de Teatro Pessoal do Faroeste. O que seria homenagem póstuma a Renato Russo, acabou gerando um processo contra o seu autor, Paulo Faria, movido pelo espólio do líder da Legião Urbana. O processo durou um ano e acabou nos tribunais, e o autor da peça ganhou os direitos sobre o texto depois de comprovada a livre inspiração e músicas inéditas. Como o processo foi parar nas manchetes da época, foi indicada e recebeu prêmios, a trupe ficou conhecida como Pessoal do Faroeste.

Desde então a Cia. Pessoal do Faroeste tem se dedicado a temas ligados à cidade de São Paulo, em especial a Região da Luz, onde está instalada há quase duas décadas. A Cia recebeu prêmios como CPT, Shell, Coca Cola de Teatro, Premio Nacional de Dramaturgia Plínio Marcos, entre outros.

Há cinco anos o Pessoal do Faroeste desenvolve a sua Trilogia Boca do Lixo, que conta a história da Rua do Triunfo através dos espetáculos Cine Camaleão, A Boca do Lixo - sobre a pornochanchada 1978, Homem Não Entra - sobre a prostituição na região 1953 e as produtoras nacionais, Luz Negra - sobre a Frente Negra e as distribuidoras americanas de cinema 1937. Em profundo diálogo estético e político com o cinema, ao longo desse período criaram-se muitas ações para trazer de volta os artistas do cinema da Boca. Seja em palestras (Bate Boca), espetáculos teatrais, cine clube ou mesmo a criação de filmes. Em 2017 a Cia apresentou a ficção científica Curare, projetando um Brasil futuro e da qual foi extraído o fragmento Solo Que Luzia, uma extensão da temática trans abordada no espetáculo.

Ao longo de seis anos já são seis documentários, viabilizados pela Lei do Fomento. Criou-se o movimento Triunfo a volta, que contou com apoio internacional do cineasta Pedro Almodóvar e mais 500 artistas e produtores do Brasil. Este movimento sensibilizou a Secretaria de Cultura tendo como norte a vinda da SPCINE pra Rua num futuro breve.