Phoenix: Basquete em cadeira de rodas

Ajude-nos a treinar mulheres cadeirantes que encontram no esporte um novo motivo para continuar vivendo

Há seis anos, três vezes na semana, a quadra esportiva do Centro de Ensino Médio 03, de Taguatinga Sul (DF), transforma-se em um palco de sonhos e conquistas de mulheres cadeirantes que, quando já não acreditavam mais ser possível batalhar pela vida, encontraram no esporte o caminho para a saúde e a autoconfiança. Como a ave da mitologia grega que renasce das próprias cinzas, elas superaram os obstáculos e tornaram-se jogadoras de basquete adaptado do Instituto Phoenix Basquetebol.

Desenvolvido desde 2008 pelo professor de educação física André Luiz Queiroz, o projeto já treinou 32 mulheres que deixaram o desânimo de lado e viraram atletas de grande rendimento. Com os treinamentos, elas fortaleceram a musculatura dos braços, perderam peso e adquiriram controle do tronco e agilidade, que as ajudou em todas as demais atividades do dia a dia.

O fundador conta, porém, que o resultado vai além do esportivo. "Elas melhoram a autoestima, fazem novas amizades, adquirem liberdade, se encorajam a sair sozinhas de casa, melhoram a circulação sanguínea, controlam o peso, se tornam mais confiantes e capazes, superam suas limitações físicas e aprendem a dividir e trabalhar em equipe" enumera André Luiz. As alunas confirmam. "A minha vida melhorou muito, emagreci 69 quilos, hoje faço tudo e tenho mobilidade, sou muito mais feliz graças a Deus e a essa equipe, que é meu coração e minha vida", comenta a atleta Carla, que está no time desde 2011.

O projeto tem custo mensal médio de R$ 12,5 mil e, sem auxílio do governo nem de empresas. André toca o instituto com doações ou do próprio bolso. Para manter o treino e os jogos das atletas, falta dinheiro para a manutenção das cadeiras de rodas das jogadoras, compra de bolas de basquete, uniformes, manutenção das tabelas, auxílio de custo para a comissão técnica, custos do escritório de contabilidade, inscrições e passagens para as viagens de competições e manutenção da quadra de treino.

Mesmo sem estrutura, porém, os encontros foram mantidos nos últimos anos. Até que outro problema começou a colocar em risco o projeto: a dificuldade em transportar as atletas. Quem depende de transporte público não consegue chegar porque os ônibus não são todos adaptados ou nem sequer param para elas nos pontos. E pouco a pouco elas foram se afastando. "Este fator tem sido negativamente determinante na equipe, fazendo com que algumas atletas não consigam manter uma rotina de treinamento satisfatória por faltarem demais", destaca o fundador do grupo.

O Instituto Phoenix pensa em voos mais altos, como levar o time para competições nacionais. E, para alcançar ao menos uma etapa desse ideal, o grupo conta com o apoio de internautas e amigos. Por isso buscou o Kickante, na tentativa de arrecadar recursos para comprar um veículo que comporte as atletas e suas cadeiras. A nossa vaquinha virtual ficará no ar até o dia 10 de dezembro, então precisamos muito da sua ajuda! Colabore com quanto puder, divulgue nossa causa, invista em um sorriso no rosto dessas mulheres.