Esforços voluntários. Investir é preciso
Diante do recrudescimento desse preconceito, e depois de esforços voluntários para apontar as discriminações absurdas, me surgiu a ideia de uma campanha contra o preconceito aos nordestinos que tem sua especificidade. Fizemos algumas ações, mas sempre de forma voluntária, sem nenhum recurso financeiro. Mas, pensamos que esse trabalho tem que ser entendido como investimento em direitos humanos Temos apoio de algumas entidades da qual faço parte e outras com as quais já fiz contatos. E demostraram que a causa é muita justa. Meu objetivo é conseguir recursos para uma campanha que possa ter repercussão e que nosso esforço, antes voluntário, possa ter mais resultados e não ficar apenas nos escaninhos de alguns segmentos que pudemos alcançar. E que receberam muito bem a nossa mensagem. Mas, a campanha e as publicações têm que ter envergadura e caminhar para resultados. Tem que contratar profissionais e artistas populares que possam levar adiante os objetivos propostos e que precisam ser remunerados.
Nesse sentido , recorro à vakinha eletrônica, por meio do Kickante que tem acolhido e dado grande apoio a projetos importantes . O recurso ao Kickante é para que possamos desenvolver com mais propriedade nosso trabalho que já vem sendo pensado há muito tempo. E ao qual já dedicamos muitos esforços e horas dispendidas. Claro, sempre com satisfação de dar um recado contra os preconceituosos e pessoas que podem se achar superiores a outros conterrâneos mas que, na verdade, expressam, apenas, pobreza de espírito, ignorância, falta de compreensão e de humanidade.
Então em nosso projeto pretendemos desenvolver algumas ações, tais como:
1-Elaboração de material educativo de combate ao preconceito contra o povo nordestino.
2-Desenvolver estudos e pesquisas em parcerias com universidades e instituições por meio de entidades de direitos humanos ,das quais faço parte como diretora.
3-Divulgar a campanha nos órgãos de comunicação e redes sociais , bem como a realização de cursos sobre Direitos Humanos e História da região.
4-Produção de material áudio e áudio visual com o tema a ser exibido em diversos espaços a exemplo de tv, rádios comunitárias e comerciais, imprensa em geral, imprensa alternativa e sindical.
5-Criação de cartilha , cordéis e outras expressões inclusive literárias .Estimular artistas populares a trabalharem o tema em suas varias expressões : vídeo, cordel, artes plásticas entre outras.
6- Realização de palestras em escolas, universidades e outros espaços educativos sobre o tema.
7-Abertura de canal de denúncias ou utilização dos já existentes em defesa dos direitos humanos, que envolvam o tema nordestinos e combate aos preconceitos contra esse povo.
8-Estimulo a projetos de leis de parlamentares no sentido educativo para o combate aos preconceitos contra os nordestinos.
9-Criação de centro de memória para esses e outros materiais que possam ser disponibilizados ao grande público. Bem como de literatura e história de produção regional.
10-Criação de grupo de trabalho com entidades de interesse no tema para desenvolvimento permanente dos objetivos aqui citados.
11- Continuidade da revista "Acumaé Força Nordestina" em novo formato.
Projeto de Vilma Amaro
jornalista e historiadora
Prêmio Editora Abril
Homenagens das Câmaras Municipais de São Bernardo do Campo e Diadema ,no ABC paulista, por suas ações em defesa da democracia.