Prótese transfemural

Olá meus amigos. Meu nome é Reginaldo (Barata). Sou amputado há 20 anos, e desde então, por questões financeiras, sempre usei a mesma prótese. Minha amputação é transfemural. Sinto-me incapacitado para andar, trabalhar, porque o cartucho me provoca dores lancinantes na base das nádegas, e quando preciso andar por um longo percurso, também sangra na altura do coto.

Em 1997, sofri um acidente de moto durante meu trabalho (eu era vigilante noturno). Depois de dias em coma, ao acordar, me descubro sem a perna, e prestes a perder o braço esquerdo também. Mas graças a Deus, e minha mãe, que hoje tem 80 anos, passei por tudo aquilo, por todas as dores e adaptações. Um ano depois de meu acidente, com a ajuda de minha irmã, consegui a doação da prótese que uso atualmente. Na época, em razão do coma e de uma profunda depressão eu estava muito magro, e assim a prótese que me doaram, era para alguém magro. E desde então nunca pude engordar, pois um 1 kg a mais, já fazia os músculos e pele comprimirem e causar dor, edemas e sangramentos. Depois de 20 anos usando esta prótese, meus quadris e coluna sofreram atrofia e isto que faz com que meus movimentos sejam lentos e dolorosos. Já não consigo mais andar nem por 500 metros. 

Durante algum tempo me especializei em fotografias, mas como ficar em pé e caminhar me é impossível, já não consigo prover o sustento de minha família, de meu filho.

No decorrer destes 20 anos, me separei e passei a morar com minha mãe, meu anjo da guarda, que é a única pessoa que me aceita do jeito que eu sou. Também moro com minha irmã mais velha, que tem esquizofrenia e cuida de meu sobrinho, que nasceu com paralisia cerebral. Aliás, todos nós somos cuidados por minha mãe, que embora velhinha, tem um espírito muito forte.

Há alguns meses, recebi uma outra prótese do governo, porém com o cartucho mais alto, que crava na pele de tal forma, que chego a chorar de dor no meio da rua. Então voltei a usar a antiga, porém o joelho pneumático já não funciona e o cartucho já não tem mais revestimento.

Eu ainda quero fazer muitas coisas, eu preciso fazer muitas coisas, principalmente por causa de meu filho Victor, que hoje tem 11 anos. Preciso trabalhar, tenho vergonha de depender de minha mãe, de ser julgado por isto. 

Se eu pudesse ter uma prótese que se adequasse às minhas necessidades, hoje eu seria um outro homem. Um homem ativo e trabalhador, como era há 20 anos. Não que eu não tenha trabalhado depois da perca de minha perna esquerda e a placa de titânio no meu braço. Voltei a trabalhar como vigilante noturno, mesmo sem a perna, mas percebi que já não mais eria possível diante das dores e do perigo de uma nova queda. Trabalhei também como pintor de paredes com um amigo, e mais recentemente, ganhei uma máquina fotográfica de minha mãe, para ver se eu conseguia alguma renda fazendo oque realmente gosto que é fotografar. Mas infelizmente, com a dor que sinto diariamente, hoje me vejo um homem incapacitado e envergonhado. Queria muito poder voltar a fotografar e retomar meus estudos, fazer uma faculdade... 

Assim, se eu conseguisse juntar 20.000,00, eu poderia comprar uma prótese melhor, feita para meu biotipo, sob medida. 

Amigos, este é um pedido de ajuda, de um homem de 49 anos.

Agradeço a ajuda de todos que puderem colaborar com a minha causa.

Deus lhes abençoe!

Atenciosamente,
​​​​​​​Reginaldo Pereira Gois