Quando Falam os Muros

      Quando Falam os Muros aborda as contradições e segregações do espaço urbano e a emancipação expressiva, e consequentemente política de indivíduos pertencentes a este espaço. Emancipação que se dá através da arte que, por sua vez, representa uma atividade humana ligada a manifestações de ordem estética, feita por artistas a partir de percepção, emoções e ideias.

      Temos três personagens centrais que não se conhecem, mas partilham algumas coisas em comum: são negros, pertencem às classe populares e frequentam o mesmo espaço: a biblioteca. Estela, vai para estudar e desenhar, Caio que vai para estudar e empalecer e Sérgio trabalha como faxineiro. Os três conectam-se através de um poema de Manoel de Barros que os afeta de maneira empoderadora deixado na mesa da biblioteca.

          Além disso, toda a construção visual do filme é pautada na arte gráfica da pichação. O ato de escrever ou rabiscar sobre muros, fachadas de edificações, asfalto de ruas, monumentos, entre outros, é muitas vezes tido como um ato depredatório. No entanto, existem movimentos e grupos que consideram, sim, a pichação como forma de arte. 

             A pichação é um elemento de extrema relevância ao filme. Ao mesmo tempo que os personagens da trama são tocados pelo poema encontrado na biblioteca, eles também são afetados pela poesia registrada nos muros da cidade com os traços característicos do pixo, pois este pode ser caracterizado como um ato de protesto, uma marca de um grupo ou uma simples expressão poética.

            O projeto é desenvolvido por estudantes do curso Bacharelado em Audiovisual do Centro Universitário Senac e se trata de uma projeto integrador de ficção realizado no 3° semestre do curso. Nosso objetivo, com esta campanha, é usar a linguagem cinematográfica como uma reivindicação destes personagens, que pertencem às camadas menos privilegiadas, por voz.

          A meta do projeto é de R$ 1.000,00 (mil reais). Este financiamento será principalmente utilizado para arcar com alguns custos de produção; transporte, alimentação, elenco, entre outros. Além disso, parte da verba será destinada às melhorias na construção visual do filme; figurinos, materiais e objetos de cena.  Parte do dinheiro também almeja melhorias de equipamentos, para que a equipe técnica possa trabalhar com mais recursos fotográficos e de movimentos de câmera. E por fim, outra parte do investimento envolverá a confecção das lembrancinhas para todos que apoiarem este projeto. Nós, estudantes, contamos com a sua ajuda. Apoie nossa campanha e nos ajude a contar a história de uma cidade que não pertence a um dono e, sim, a todos que desejam se expressar.