Que nenhuma criança jamais se afogue

"Que mais nenhuma criança se afogue" / "Not one more child drowns"

Segundo estatísticas, o afogamento é a segunda maior causa de morte de crianças no Brasil, perdendo apenas para acidentes automobilísticos. Evitar acidentes na água, através da supervisão constante da criança e proteções no acesso a piscinas e lagos, por exemplo, são as medidas de prevenção principais. Se a prevenção falha, ensinar a criança a se salvar, por conta própria, pode dar a ela a chance de sobreviver, em uma situação de emergência em que caia na água sozinha.

Há 50 anos, a ISR - Infant Swimming Resourse, cujo lema é “Que mais nenhuma criança se afogue", criou e vem continuamente desenvolvendo, desde então, um método de natação infantil que vem conseguindo resultados expressivos na prevenção de afogamentos de crianças no mundo inteiro.

O curso ISR Self-Rescue™é rápido, quando comparado aos métodos tradicionais de natação infantil. Em apenas 4 a 6 semanas em média, a criança consegue aprender as habilidades necessárias para se salvar sozinha, caso caia acidentalmente na água sem supervisão. Porém, a efetividade do método depende de frequência diária nas aulas e um número mínimo de faltas. Seria ideal poder ministrar aulas em espaços fechados e cobertos, para atender ao máximo possível de crianças por dia e ao longo do ano todo. Entretanto, no Brasil, onde há apenas 5 instrutores ativos desde 2010, a técnica, que preza pela segurança e bem estar das crianças a cada aula durante todo o período de treinamento, é ainda muito pouco conhecida e não existe muito espaço ou abertura para ensino da mesma em academias e clubes.

Eu me tornei instrutor em 2013, com o objetivo principal de adotar uma nova profissão através da qual pudesse ter a chance de salvar vidas. Devido à enorme dificuldade em viabilizar vagas em academias e clubes tradicionais, decidi iniciar o trabalho dando aulas em espaço próprio em Brasília, o qual, infelizmente, não conta com a infraestrutura ideal.

O crescimento do número de alunos tem sido lento, mas promissor, me dando fôlego para continuar. Na medida em que mais famílias vão tendo contato com a técnica e vêm os resultados em seus próprios filhos, gradativamente vai havendo mais divulgação e mais procura.

No momento, o empecilho, para que eu consiga atender a mais famílias, se dá pela limitação da infraestrutura onde dou aulas. A piscina é descoberta e condições de clima, como chuva e baixas temperaturas, impedem que sejam dadas aulas em determinados períodos. As interrupções constantes nos traimentos aumentam muito o tempo de aprendizado de alguns alunos e impedem o início de outros, já que as aulas são individuais.

Estou procurando investidores que me auxiliem no projeto de cobertura da área da piscina, para que eu possa atender a mais famílias. Quanto mais crianças aprenderem, mais famílias se engajarão na divulgação, outras tantas poderão fazer o curso e, consequentemente, menos crianças correrão risco de se afogarem acidentalmente. Quem quiser me conhecer e também o método, visite: www.isrbrasilia.com, www.facebook.com/isrdf, onde há vídeos e matérias já veiculas na TV Brasília, VEJA e Globo locais.

Para quem quiser ajudar, deixo claro que o meu projeto, embora foque na proteção da vida através da prevenção de afogamentos infantis e, por consequência, possa ser considerado de utilidade pública, não é de fundo humanitário apenas. Atualmente, ensinar a técnica para crianças é minha profissão e única fonte de renda. O curso é pago, mas eu destino vagas gratuitas para famílias de baixa renda e para membros dos bombeiros, policias, forças armadas e profissionais que trabalhem em atendimento de emergência médica de primeiro nível, ou seja, aqueles que dedicam as próprias vidas na proteção da vida dos outros.

Obrigado.

Alexandre Gião de Paiva - Instrutor Certificado ISR