O registro fixo das mulheres do Remanso preenche na história mais uma forma de luta por uma visibilidade feminina. A memória das mulheres tem sido, durante toda a história, deixada em segundo plano, com sua participação limitada socialmente a esfera doméstica e sua participação política negada até poucas décadas. Invisível durante séculos, somente nos anos 1980 a importância da história feminina, assim como a discussão em torno das estruturas sociais que a oprimem começam a emergir nos campos de discussão social.
O mito de inferioridade da mulher ainda perdura, e com ele as estruturas de reprodução social que colocam a mulher no lugar ao qual ela pertence: a casa. Indo contrário a essa ideia massiva, propomos não apenas uma reflexão sobre o ser mulher, mas ser uma mulher negra e quilombola. A escolha por visibilizar as mulheres do Remanso se dá pela construção histórica do lugar e força da ação das mulheres na preservação de sua cultura.
Parte das mulheres do Remanso pertencem a religião de matriz africana, o candomblé, e em sua prática essas mulheres são líderes para além dos momentos ritualísticos, ou seja, contribuem para a preservação e difusão da cultura afro-brasileira e para a construção da identidade dos seus membros nos espaços em que atuam.
As questões ligadas à memória coletiva de uma cultura estão na especificidade, na vivência que se exprime através da oralidade cultuada; rodas de batuques, e reuniões festivas de religião. Com isso, procuramos não apenas observar, mas vivenciar essa comunidade. Realizar no intercâmbio de experiências a compreensão e reconhecimento do outro. Segundo a tradição Bantu: “eu sou porque tu és e tu és porque nós somos”, dessa forma queremos romper com a ideia de estranhamento e individualidade, e adentrar a cultura, e alma feminina das mulheres do Remanso.
Ainda que a aculturação e a tecnologia tenham chegado ao quilombo, é inegável que a preservação de parte de sua cultura tradicional resiste ao tempo, e é a partir da vitalidade feminina que hoje ainda é possível adentrar os quintais e se sentir num tempo remoto e vivaz. Em suma, um dos pontos mais significativo na idealização do projeto é que a ideia consiste em um registro da perspectiva das mulheres do Remanso sobre elas mesmas, um momento íntimo de se enxergar e perceber seus passos, reconhecer sua história, trajetória de vida, hábitos, costumes, brincadeiras, movimentos, e situações cotidianas que passam despercebidas, mas que juntas são ativas e formam a comunidade e a si. Assim, o projeto procura estimular a percepção dessas mulheres para as raízes de suas práticas cotidianas e possibilitar estruturas que façam com que elas se reconheçam como mulheres firmes, que contribuem ativamente na formação da história do Remanso.
Ps. A Fotografia utlizada para campanha foi retirada da internet, e é trabalho autoral de Márcio Ramos em visita ao Quilombo Remanso, BA.
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