RPPN PAPAGAIOS DE ALTITUDE: novo esforço

[[{"fid":"94326","view_mode":"image_big","fields":{"format":"image_big","field_file_image_alt_text[und][0][value]":"","field_file_image_title_text[und][0][value]":""},"type":"media","attributes":{"class":"media-element file-image-big"}}]]

Sou o Professor Jaime Martinez atuando junto à Associação Amigos do Meio Ambiente, fundada em 1985, e que conduz há 23 anos o Projeto Charão, um programa de pesquisas e educação para a conservação da natureza, tendo como foco o papagaio-charão (Amazona pretrei), o papagaio-de-peito-roxo (Amazona vinacea) e os ecossistemas de florestas com araucárias.

Na região proposta para o programa de conservação, o planalto catarinense, o Projeto Charão atua desde 1995, com bom conhecimento do ambiente, da geografia do lugar e dos proprietários de terras dessa região. Nos últimos anos vem intensificando as pesquisas com a ecologia e biologia do papagaio-de-peito-roxo (Amazona vinacea), buscando preencher lacunas no conhecimento de uma espécie cuja população vem diminuindo drasticamente.

O projeto Charão (AMA-ICB/UPF) realizou em 2014 a primeira avaliação nacional da população de A. vinacea, realizando censos no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Com apoio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, várias ações do Projeto Charão vem realizadas no planalto catarinense, contemplando as duas espécies ameaçadas de papagaios associados às Florestas com Araucárias. A divulgação dos resultados das pesquisas do Projeto Charão começaram a dar notoriedade ao planalto catarinense, principalmente aos municípios de Urupema, Painel, São Joaquim, Lages e Urubici. Nos três últimos anos, o município de Urupema instituiu o Festival do Papagaio-Charão que, inicialmente buscando atrair fotógrafos de todo país, poderá ser aproveitado como elemento de sinergia entre várias ações em prol da conservação dos ambientes com araucárias e sua rica biodiversidade.

Seja parte da mudança que queremos ver no mundo. Contribua ao lado para preservar a natureza brasileira!

[[{"fid":"94551","view_mode":"image_big","fields":{"format":"image_big","field_file_image_alt_text[und][0][value]":"","field_file_image_title_text[und][0][value]":""},"type":"media","attributes":{"class":"media-element file-image-big","style":"opacity: 0.9;"}}]]

O grupo de técnicos que atuam no Projeto Charão mantém boa interação com vários setores da sociedade da região do planalto serrano, como universidades, proprietários de terras, poder público e com outras iniciativas na região, a exemplo do Programa Araucária+ conduzido com a Fundação Certi. A AMA tem atuado há muitos anos no fomento à criação de RPPNs na região do planalto médio do Rio Grande do Sul, tendo sido uma das fundadoras e fomentadoras da Rede de Unidades de Conservação do norte do Rio Grande do Sul, participando nessa linha dos conselhos consultivos da Floresta Nacional de Passo Fundo e Estação Ecológica de Aracuri.

Atualmente vem fomentando a criação de RPPNs no planalto catarinense, com apoio da Fundação Grupo Boticário, na execução do projeto Movimento para ampliação de áreas naturais protegidas nos pinheirais catarinenses. Também há em curso um esforço da AMA para aquisição de importante remanescente de floresta com araucárias, muito significativo para os papagaios ligados a esse ecossistema, que será transformado em RPPN. Através do Projeto Charão, a AMA integra o Grupo Técnico do Plano de Ação Nacional para a conservação dos Papagaios da Mata Atlântica. Em 2013, o Projeto Charão (AMA-ICB/UPF) foi realizador do XX Congresso Brasileiro de Ornitologia, na Universidade de Passo Fundo, levando como tema para o evento a conservação das aves.