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Em março de 2011 iniciam uma guerra civil na Síria contra o ditador Bashar Al- Assad que já fizeram mais de 300 mil mortos destes 15 mil são crianças e 30 mil mulheres, em 2012 a (Organização das Nações Unidas) ONU, cobraram a aplicabilidade dos Direitos Humanitários Internacional para investigação de crimes de guerra, no entanto a missão diplomática tem fracassado e com isso Cerca de 4,5 milhões de pessoas foram deslocadas dentro da própria Síria. 2,4 milhões abandonaram suas casas e se refugiaram em países vizinhos onde são frequentemente alvo de racismo e discriminação. Relatório divulgado em 10 de março de 2014 pela Unicef estima que 5,5 milhões de crianças tiveram suas vidas devastadas pela guerra.

1,2 milhão vivem refugiadas, habitando locais insalubres, onde comida, água potável e acesso à educação são limitados.

De acordo com o mesmo relatório, o número de refugiados sírios em países como Líbano, Jordânia, Turquia, Iraque e Egito deve alcançar no fim de 2014 a marca de 4,1 milhões de pessoas. Outras 9,3 milhões precisarão de ajuda até o fim de 2015. Desde o início da crise na Síria, o Brasil vem concedendo refúgio a mais sírios do que os principais portos de destino de refugiados na Europa. E é neste contexto que começo a narrar uma história que mudaria minha vida, meu nome é André Schmidt Suaiden, sou estudante de mestrado na Universidade de São Paulo (USP) e farmacêutico. O dia era 20 de outubro de 2014, o horário 19:40, eu estava trabalhando em uma farmácia no bairro do Butantã em São Paulo, neste horário eu já deveria ter saído para jantar pois meu horário era das 15:00 as 23:00 sendo das 19:00 as 20:00 horário de janta, porém neste dia não sai para jantar e fiquei na farmácia.

Neste dia exatamente este horário entrou um rapaz aproximadamente de 20 anos de idade para comprar um antibiótico, rotina normal em qualquer farmácia, porém ele não falava português, e tentou comunicação com o balconista que logo me pediu para ajuda-lo, pois, o balconista não falava inglês. Como a farmácia está localizada nas proximidades da USP, achei que poderia ser aluno, pois o fluxo de intercâmbistas é grande na região, comecei a conversar com ele e me disse que eram da Síria, perguntei se estava estudando na USP, ele negou com a cabeça dizendo que não que era refugiado de guerra. Como gosto de prestar uma assistência farmacêutica comecei a conversar com ele o porquê do uso deste antibiótico, e o rapaz cujo nome é Mohammed Al Hakam Abdul Hadi, a qual prefere ser chamado de Hakam, me disse que ficou 6 horas na espera de uma Unidade Básica de Saúde (UBS), no bairro da Lapa para um vermelhidão no braço, disse ele que o médico havia falado que poderia ser droga que ele havia utilizado, porém o médico não falava inglês o e ele saiu da consulta com uma receita de antibiótico.

Quando pedi para ver a vermelhidão no braço percebi que se tratava de um arranhão, ou esbarrou em algo, e fiz uma carta em português explicando o ocorrido e pedi para ele ir ao Hospital Universitário (HU-USP) e ver com um médico lá antes de dispensar tal medicamento, pedi a ele também para que voltasse assim que sair do HU, e por volta das 22:20 ele voltou sorrindo, com o medicamento correto, e neste ponto começa minha história.

            Bom nesta hora ele me agradeceu muito pelo médico entender o que havia ocorrido com ele, e comecei a conversar com ele para saber o que ele fazia no Brasil e como chegou até aqui. Ele me disse que não teve muitas escolhas pois inicialmente foi para Jordânia junto com a família (pai, mãe, três irmãs e um irmão), porém não poderiam trabalhar pois a legislação daquele país não permitia, e ele resolveu ir embora para o Egito, onde logo chegando foi morar em um lugar de periferia e lavar pratos para sobreviver, seu pai a qual tem como formação engenharia civil sua mãe professora de inglês, sua irmã mais nova professora e seu irmão do meio design de jogos ficaram na Jordânia, a outra irmã mais velha também professora de inglês foi para Arábia Saudita junto com o esposo e 2 sobrinhos  e a outra irmã do meio foi para Abu Dhabi. Nisto já era 23:00 horas horário de fechar a farmácia, e como adorei a história perguntei se ele aceitava comer uma pizza na esquina da farmácia, para continuar me contando, e ele aceitou fomos a pizzaria e pedimos uma pizza, pedi a ele para escolher o sabor ele escolheu metade alho e metade frango com queijo, e continuamos a conversa sobre a sua vinda ao Brasil.

            Bom ele me disse que estava triste e não conseguia ter felicidade no Egito, pensando em tudo que havia perdido em seu país, e resolveu bater de porta em porta nas embaixadas no Egito, e todas recusavam a aceitá-lo, somente o Brasil o aceitou ele tirou o visto de refugiado, e veio para uma país sem conhecer nada nem a língua nem a cultura, somente com a esperança de mudar seu destino e fugir da guerra e das perseguições. E desembarcou em outubro de 2014 no país chamado Brasil, chegando aqui ele pediu um taxi, o taxista não falava inglês percebeu que ele falava árabe, o levou até a Mesquita do Pari, localizado no bairro do Brás. Ao chegar na Mesquita ele pediu para falar com o Sheik um líder religioso na religião muçulmana, e disse que chegou no Brasil e agora o que ele faria. O Sheik o encaminhou para vários refugiados que passaram pela mesma situação diariamente quando vem ao Brasil em busca de esperança, porém não teria muito o que fazer, pois não havia lugar para ficar e nem trabalhos e ele mais uma vez sentiu se sozinho. Neste dia ele dormiu na região do Brás que mais tarde eu fui conhecer por outros motivos que não será objeto deste relato, e o lugar era um quarto de 4x4 m onde moravam sete sim sete homens árabes em péssimas condições, e pediram para ele começar a vender agua mineral no Brás, 25 de março, apenas precisaria falar “água 1 real, agua gelada 1 real” e ele sentiu se um lixo Hakam era estudante de Engenharia da Aeronáutica na cidade de Homs, um dos cursos universitários mais concorridos na Síria, porém a Universidade e a Cidade foram devastada pela truculência e violência da guerra e ele teve que interromper seus estudos e sonhos.

            Fazia exatamente 2 dias que Hakam havia chegado a São Paulo, e disse que gostaria de arranjar um lugar melhor para morar, e então resolveu ficar na rua, neste dia minha vida mudaria, ele me disse na pizzaria que estava vendendo água na rua, e que estava morando na rua, eu comovido pela situação e pensando em tudo o que havia passado na vida com apenas 20 anos de idade, na possibilidade de nunca mais poderá ver sua família, tomei uma decisão, o chamei para morar comigo em minha casa e que este dia eu mudaria seu destino cruel. Hakam já está morando comigo há dois anos, conseguimos regularizar os documentos dele, demos um lar a ele um quarto quentinho, comida, Hakam fala quatro línguas fluente (Árabe, Inglês, Frances e Português), adora leitura, filosofia, sociologia e política. Mais nós temos um sonho e isso está difícil para mim um estudante que almeja ser um professor universitário de realiza-lo sozinho. Ele gostaria primeiramente de juntar sua família aqui no Brasil, de dar um lar seguro e digno a eles, de trabalhar aqui, achar trabalho a sua família, abrir um restaurante de comida árabe, ahhh ele cozinha muito bem. E gostaria muito de fazer uma faculdade de engenharia civil, aqui no Brasil seu sonho que foi interrompido por uma guerra que não mede consequências e é por isso que estou escrevendo esta carta sem ele saber apenas para tentar ajuda-lo um pouquinho a mais, sei que recebem milhões de cartas e a minha é apenas mais uma história de lembranças de um arabezinho que sonha, e nunca podemos desistir dos sonhos. Esta é minha história e este sou eu André Schmidt Suaide

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