
Olá!
O meu nome é Sivuca, sou um cachorro boxer de oito aninhos e moro em Salvador (BA).
Em agosto de 2021 a minha tutora (Gabriela Rocha) percebeu que alguma coisa estava acontecendo comigo, pois durante os meus passeios eu estava caminhando de maneira estranha e passei a ter dificuldade de fazer alguns movimentos com as minhas patinhas traseiras.
Depois de alguns meses visitando diferentes veterinários e fazendo uma série de exames fui diagnosticado em janeiro de 2022 como portador da mielopatia degenerativa. Bom pessoal, a mielopatia degenerativa (MD) é uma doença neurológica progressiva, que atinge a medula espinhal de algumas raças caninas. Ela é comparada à esclerose lateral amiotrófica (ELA) nos humanos.
Infelizmente essa é uma doença que não tem cura e o seu prognóstico não é favorável. Os sintomas tendem a progredir até que o portador perca completamente os movimentos e tenha – em seus estágios finais – o sistema respiratório afetado.
Por não ter um tratamento específico, as terapias funcionam em caráter paliativo, com o objetivo de retardar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida dos bichinhos que são acometidos por ela. A fisioterapia é indispensável para que eu possa ter qualidade de vida e ficar o máximo de tempo possível com os meus humanos e desde janeiro deste ano eu virei um verdadeiro atleta!
Na verdade, admito que eu sou um cachorrinho preguiçoso, mas a minha humana me incentiva e não deixa a peteca cair! Faço fisioterapia, além de diversos exercícios em casa. Estou em movimento todos os dias!
O resultado disso é que este mês eu completo 16 meses desde os primeiros sintomas e ainda consigo ficar em pé e ter alguns movimentos nas patas traseiras. Isso é bastante positivo, pois, no geral, os cães perdem totalmente os movimentos entre 06 e 12 meses.
Há algumas semanas atrás eu ganhei a doação de uma cadeirinha, pois perdi a capacidade de caminhar sozinho. A cadeira havia sido de uma cachorrinha menor do que eu, porém os meus humanos conseguiram fazer o máximo de adaptações possíveis para que eu pudesse começar a usá-la e, com isso, conseguisse manter os movimentos das minhas patas dianteiras e evitar que doença avançasse rapidamente.
Acontece que realmente a cadeirinha não foi feita para um bichinho do meu tamanho e peso, por conta disso tem quebrado com bastante frequência e entendemos que muito em breve os consertos não serão mais possíveis, por conta da limitação do equipamento.
Em conversa com a minha fisioterapeuta, a minha tutora conheceu o trabalho da Max Locomotion, uma empresa especializada em criar cadeira de rodas para animais com diferentes deficiências.
O modelo de cadeirinha ideal pra mim nesta etapa da doença seria com o pedal, pois com ela, eu seguiria mantendo as minhas patas traseiras em movimento, fortalecendo a minha musculatura e fazendo com que o avanço da doença acontecesse de forma ainda mais lenta.
Infelizmente os meus humanos não possuem mais condições financeiras de arcar com este equipamento, pois os meus custos fixos de fisioterapia e medicamentos são muito altos. Por isso, tiveram a ideia de criar essa campanha para que outras pessoas possam contribuir também!
O nosso objetivo é fazer com que eu siga mantendo a minha qualidade de vida e possa ficar o máximo de tempo com a minha tutora e com o restante dos humanos da minha família.
Uma última coisa: a cadeirinha atual será doada para um cachorrinho com tamanho e peso adequados para ela e a nova cadeirinha futuramente (esperamos que demore bastante) também.
Contamos com você!