A artista Juliana Notari, deve encontrar João Catalão em Montreal para uma residência de criação, para depois viajarem juntos a Tabasco, México, para a estréia do espetáculo no Festival Internacional de Marimbistas.
Esta campanha é para arrecadação dos custos de viagem ao Canadá e produção do espetáculo.
O encontro, a distância e o inter-território. Processo criativo.
O processo criativo desta obra se dá de forma inter-territorial. A idéia disparadora surgiu a partir do encontro de João e Juliana em terras francesas em junho de 2014. Ele mora em Montreal, no Canadá e ela, em São Paulo, no Brasil. Ambos possuem um histórico de deslocamento de territórios por conta de suas escolhas e pesquisas artísticas. Após esse encontro embrionário, desde então por meio de correspondências , os dois trocam e constrõem juntos “Utopia. Árvore”. É como se a cada idéia a árvore crescesse dentro e fora. Essa metáfora é usada pelos artistas.
Final de julho de 2015 eles se encontrarão num periodo de residencia de criação em Montreal, e a estréia se dará no Festival Internacional de Marimba em Tabasco no México, no mês de agosto. No Brasil a estréia está prevista para o mês de dezembro.
Existem árvores da mesma espécie em territórios distintos que se comunicam. O espaço geográfico é uma abstração. A ausêcia de lugar, faz com que o conceito de utopia se fortaleca e seja uma das grandes fontes do projeto. Milton Santos analisou a relação contraditória entre o total e particular, teorizando assim sobre o mundo.
Um lugar se abre para outros lugares e o lugar de todos os lugares, o lugar comum, este é o mundo.
Cronograma:
Primeira etapa: Concepção e Processo à distância.
Encontro dos artistas na França em julho de 2014.
Processo de criação à distância de agosto de 2014 a junho de 2015.
Segunda Etapa : Residência de criação em Montreal, Canadá.
De 27 de julho a 11 de agosto
Juliana Notari viaja para Montreal, Canadá para realização de residência de criação ao lado de João Catalão.
Terceira etapa: Estréia no México.
De 12 a 23 de agosto
Estréia da obra “Utopia.Árvore” na cidade de Tabasco, México, dentro da programação do Festival Internacional de Marimbistas.
Pequena turnê no México com a obra.
Quarta etapa: Estréia no Brasil
No mês de dezembro de 2015 e janeiro de 2016, Utopia. Árvore estreiará em São Paulo, Brasil.
Orçamento:
Passagem São Paulo X Montreal X São Paulo
3.300,00
Produção do Cenário
800,00
Hospedagem em Montreal
14 dias
70 reais por dia
840,00
Alimentação
14 dias
40 reais por dia
560,00
Visto Canadá
250,00
Taxa Kickante: 690,00
Total:
6.440,00
Sobre a árvore
Tudo começa com a cambalhota de um menino. Ele brinca. De repente se depara com uma árvore, imensa e frondosa. Ele se questiona: o que é isso que dá vontade de ficar perto? O que é isso tão fixo e tão vivo? Ele aprende a ficar ereto como ela. A partir daí, ele se relaciona e se identifica com a árvore por meio de seus devaneios.
O que é uma árvore? Esta é uma das grandes questões na caminhada da artista Juliana Notari, que buscou nas memórias de sua infância, nos seus antigos e tão presentes olhares poéticos e suas diversas formas de se relacionar com este ente, habitante do cotidiano e de seus mais profundos sonhos.
Sobre Utopia
Utopia é o não-lugar. A árvore é utopia quando olhamos para ela e não sabemos defini-la, quando a entedemos como um mundo em si mesmo, inalcansável. A árvore é utopia quando nos comunicamos com ela por meio de nossos sonhos.
Francis Jammes no seu livro De la folie chez les végétaux enfatiza o gesto vertical da árvore comparada ao de um poeta sonhador: “Penso nas árvores que procuram constantemente seu equilibrio aéreo... Tal é a vida dessa figueira semelhante à de um poeta: a busca da luz e a dificuldade de manter-se.”
Bachelard: A árvore aérea
A árvore ereta é uma força evidente que conduz uma vida terrestre ao céu azul.
Num mergulho profundo no universo poético e filosófico de Bachelard, o texto A árvore aérea, encontrado no seu livro O ar e os sonhos se tornou grande fonte de pesquisa e inspiração para a construção desta obra.
A árvore transita e se relaciona em três níveis: o subterrâneo, a superfície e o aéreo. O menino descobre e busca no subterrâneo um mundo inatingível, as raizes cravadas na terra, os milhões de micro seres e fungos vivos que coabitam. Na superfície, ele coloca a árvore no seu cotidiano, no que ele transita sem pensar. O tronco para o conforto, para a brincadeira. No nível aéreo, o menino se identifica com os pássaros, ele busca o vôo, o deslocamento no céu, mais o aconchego da copa frondosa, da fruta que o alimenta. A copa imita a tempestade, o movimento e o sons do mar.
O gesto da árvore é vertical, ela aponta para o céu, ela busca a transcedência, como o poeta, como o olhar de uma criança. A ávore ajuda o poeta a conquistar a altura, ultrapassar os cimos, a viver de uma vida aérea. Segundo Bachelard, nos sonhos a árvore é indivisível: A árvore é, pois, um ser que o sonho profundo não mutila
Tanto o ser humano quanto a árvore são eretos. Isso faz com que se assemelhem. Mas uma diferença gigantesca é que ela é fixa , o mais fixo dos seres e o humano é nômade em sua essência, possui pés despregados do chão, ele pode correr, se afastar.
Sobre a marionete
A marionete permite a abertura de abismos, ela é subversiva, intrusa, ambígua. A marionete é capaz de fazer pequenos nadas. Ela pode transitar nos devaneios do artista. Ela carrega em si a liberdade. Entre o artista e a marionete existe um espaço imaginário poético, que permite o cruzamento de caminhos.
Em Utopia. Árvore, a marionete transita, se funde e se comunica com diversos universos artísticos. A experimentação de novas formas de manipulação e construção por meio das texturas, formas, gestos e ações que dialoga diretamente com todo o processo criativos e com os artistas envolvidos. Novas tecnologias são usadas como ampliação das possibilidades de movimentos, não esquecendo que a marionete é sempre um reencontro com o outro: o outro na cena como parceiro, o outro dentro da sala como espectador-parceiro.
Sobre a música
O germe da idéia de reunir a percussão e o mundo das marionetes foi a plasticidade destes instrumentos. Eles podem ganhar vida através do teatro de objetos e participar cenicamente do universo do personagem.
A marimba, instrumento de madeira e de grande proporções, se transforma então na base do cenário, representando ela mesma a arvore nos seus três níveis: o subterrâneo, a superfície e o aéreo. A marionete poderá andar e interagir diretamente com instrumento dentro desta metáfora.
A musica propriamente dita trabalhara com leitmotivs e timbres que serão conjugados a cada um destes níveis. A grande pesquisa será de representar as ações e pensamentos do personagem pela musica; este não falando a terá como única forma de expressão sonora.
Outra ferramenta que completará o universo sonoro será a utilização da eletrônica, dando maior liberdade ao musico solista. Ela permitirá também de expandir a interação da marionete com a música; suas ações acionariam segmentos musicais ou produziriam diretamente sons, em um duo intrínseco com o musico.
João Catalão
« Existe um lado ético no trabalho do musico. A generosidade
necessária para se ter uma verdadeira presença cênica deve ser
cultivada na vida de todos os dias»
Catalão faz os seus primeiros passos em musica com o violino aos sete anos. Mas é a paixão pela musica hardcore que, durante sua adolescência, o conduz à bateria. Então, numa noite de verão, ele
raspa os seus longos cabelos e decide de se dedicar a percussão contemporânea.
Ele deve esta epifania a Ney Rosauro, com quem ele estuda em Santa Maria no Sul do Brasil antes de continuar o seu aprendizado a Estrasburgo junto a Emmanuel Séjourné, e depois em Montreal com Robert Leroux, com quem ele conclui o seu doutorado.
Catalão se interessa na maneira que as visões teatrais de Stanislavski, Barba e Grotowski, podem se aplicar na musica, sendo esta a sua pesquisa de doutorado. O seu intuito é de habitar cada um de seus gestos quando ele é sobre um palco; sempre engajado junto as obras que interpreta, buscando tocar
o auditório.
Sempre refinando as suas qualidades de interprete, ele se implica em vários projetos experimentais. O seu trabalho lhe concede recompensas no Concurso de composição da Percussions Arts Society – Brazil e no Concurso de jovens solistas da Orquestra Sinfônica de Salvador.
Ele também é finalista do Concurso Internacional de Luxemburgo, com o quarteto de percussão K-TZ. Catalão é membro fundador do grupo que trabalha tanto na musica contemporânea, criando e escrevendo nova musica, como também na musica para teatro.
Em Montreal, ele é membro do sexteto de percussão Sixtrum, com trabalho intenso no meio musical da cidade e em tournées mundiais. Integrante do grupo de jazz eletroacústico [IKS], ele desenvolve um trabalho com musica improvisada tocando bateria e computador. A improvisação tem um papel importante no seu caminho musical, pois para ele, é a melhor maneira de atingir
um verdadeira intimidade com o seu instrumento e sempre guardar em vista o lado mais instintivo do trabalho do musico.
Com estes projetos, Catalão fez concertos em vários festivais, em países como a França, Canadá, Itália, Suíça, Alemanha, Brasil, Uruguai, Argentina e outros.
Juliana Notari
Eu me entendo, minhas partes, meu existir e a partir daí agrego um novo
corpo ao meu, e que seja extensor, que respire o que lhe dou
de ar poético, e me anule por instantes para que seja.
Em 2015 completa 15 anos de carreira como criadora de espetáculos e marionetista. Formada em Artes Cênicas pelo Instituto de Artes da UNESP.
Em 2004 fundou DuoAnfibios, companhia de teatro de bonecos e musica ao lado do percussionista Augusto Moralez. A cia sempre trabalha com artistas convidados como o diretor e criador Fábio Supérbi, a marionetista italiana Laura Bartolomei, os musicos Leon Bucaretchi, Enrico Pedicone (Argentina), Bruno Luna Kisic (Peru), a cenógrafa Fatima Lima, entre outros.
Com o DuoAnfibios realizou grandes turnês em diversos países como: Argentina, Bolívia, Brasil, Espanha, França, Itália, Letônia, Suiça, Republica Tcheca, Coreia y México.
Em 2008 foi convidada pelo Institut International de la Marionnette em Charleville-Mezieres, França, para fazer uma residência como artista pesquisadora, com o recebimento de uma bolsa. O tema principal da pesquisa foi as técnica de construção e manipulação de bonecos para solistas. Imediatamente depois da residência, Juliana Notari se instalou na cidade de Strasbourg para continuar suas pesquisas na arte das marionetas dentro do programa de mestrado da Université de Strasbourg, onde viveu durante 4 anos.
É criadora do projeto “Velha Caixas” (uma série de mini espetáculos de bonecos que falam sobre a velhice). Os espetáculos foram criados em 3 etapas: dentro do estagio “Why use puppets?” com o marionetista inglês Gavin Glover que aconteceu no Institut International de la Marionnette; em dois períodos de residências de criação com a duração de 5 meses no total vivendo em Casas de Repouso na região de Rones Alpes, organizado pelo Festival de Marionnetes de Grenoble. Com este projeto recebeu o prêmio de “Melhor experimentação nas artes das marionetas” no World Festival of Puppet Art Prague 2009.
Em 2012, quando volta a viver no Brasil, funda, ao lado e Fábio Supérbi, o Coletivo de Ventiladores.
Um coletivo que busca as inter-relações e os inter-territórios nas artes, ampliando as possibilidades da marionete e suas formas. Em 2014 dirigiram o Rotas I – Festival Internacional Contemporâneo de Formas Animadas, com primeira edição na cidade de Assis.
Já apresentou seus espetáculos em diversos festivais pelo mundo como: Festival Internacional de Títeres de Tlaxcala, México (2007); Festival Al Sur del Sur, Buenos Aires, Argentina (2007); Festival Internacional de Titeres de Sucre, Bolívia (2007), Festival Mondial de la Marionnette, Charleville-Mezieres (2009 e 2011); Festival Immaginni dell'Interno, Pienerolo, Itália (2009, 2010 e 2011); Festival Baltã Nakts, Letônia (2009), Bienal de la Marionnette, Lyon, France (2010); Figura Theater Festival, Baden, Suíça (2010); World Festival of Puppet Art Prague, Republica Tcheca (2009); Chuncheon Puppet Festival, Coréia, (2011); Festival del Sur, 3 Continentes, Aguimes, Ilhas Canarias (2011),além de muitos outros.
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