Moradia para Tania

Me chamo Tania Davidovici, tenho 54 anos de idade. Filha única, mãe de 4 pets, um casal de cats e um casal de dogs. Todos resgatados da situação de abandono e maus tratos. Agora eu e eles estamos sem rumo, após uma ação de despejo do lar no qual vivemos por 43 anos. 

Minha história de vida teve muita coisa boa, tive pais maravilhososo e amorosos. Casei, separei, não tive filhos humanos. Guardei por muito tempo um sonho, o de advogar. Contudo, eu administrava a empresa do meu pai e nunca tive tempo pra me dedicar aos estudos do direito. Daí veio o cancêr da minha mãe, os custos com o tratamento levaram à falência da empresa. Ficamos eu, meu pai e os pets. Sim, minha mãe não resistiu. Tentamos reerguer a empresa, afinal era nossa única renda. Conseguimos mesmo com muita dificuldade pagar as contas básicas. Meu pai começou a apresentar sinais de Parkinson, depois Alzeihmer. A empresa não resistiu. Tinham os remédios, consultas, exames, cuidadora. 

Decidi ir estudar. Fui motorista de uber por uns meses. Ia para a faculdade à noite. Mas, sempre me ligavam pra dizer que acharam meu pai na rua, ele saía e não lembrava como voltar. Manter cuidador à noite é muito caro.  Não foi fácil para concluir a graduação. Passamos a pandemia firmes e fortes. Entretanto, infelizmente, meu pai não pôde me ver formar em direito. Colei grau no final de 2021. 

O apartamento que nossa família viveu foi um presente da minha querida tia, irmã da minha mãe. Nunca foi feito nenhum documento, minha tia faleceu antes da minha mãe. E minha prima pediu o apartamento durante o tratamento do meu pai. Não saímos, obviamente, para onde iríamos eu, meu pai doente e os pets? Entrei na justiça com uma ação de usucapião. A juíza deu causa ganha para a minha prima. Recorri, e ganhei uma ação de despejo. 

Não posso exercer meu sonho de advogar, pois, não tenho recursos para pagar a inscrição da OAB. Solicitei isenção, mas, não me concederam, acredito que é porque faltei à uma prova que foi realizada bem no período do falecimento do meu pai. Escrevi uma carta explicando, mas, ainda assim, não me concederam a isenção da inscrição. 

Estou recebendo cesta básica e como tenho diabetes, quase tudo que vem nela é ruim para mim. Também recebo um auxílio da assistência social, contudo, é temporário. E enquanto o oficial de justiça não aparece por aqui, venho pedir ajuda para cobrir os seguintes gastos:

Minha mudança para outro lugar e cobrir o aluguel por um tempo até eu poder arrumar emprego ou exercer minha profissão. 
Pagar a minha inscrição da OAB

Não temos para onde ir, não tenho dinheiro, não tenho mais a minha família, não posso abandonar meus filhos de quatro patas.

Espero contar com sua ajuda, e caso não possa contribuir, por favor compartilhe a minha história.

Gratidão!